Kátia Cilene, a cidadã portovelhense de 48 anos de idade vítima de câncer de medula óssea, que protagonizou uma luta judicial para que o Governo do Estado arcasse com os custos da medicação de seu tratamento, faleceu após parada cardíaca na madrugada desta quinta-feira (18).
Ela estava internada no Hospital de Base e aguardava uma decisão para Justiça para tomar a medicação que estabilizaria seu quadro de Saúde e daria condições para a realização da cirurgia que daria um fim à doença.
No período em que ficou internada, Kátia seguia uma rotina de transfusão de sangue a cada dois dias, o que levou a família a realizar uma campanha para doação de sangue.
O alto preço dos remédios impedia o acesso da família ao seu tratamento. No valor total, a medicação ultrapassava os R$ 600 mil.
Família responsabiliza Governo
De acordo com os familiares, o Governo do Estado de Rondônia foi insensível a todo o momento em relação ao drama vivido por Kátia Cilene, parando subitamente de subsidiar a medicação do tratamento, o que levou ao agravamento da doença.
Um laudo do médico de Kátia, Paulo Roberto Ganacini, mostrou a urgência para que a medicação chegasse a paciente. No entanto, a Justiça negou a urgência do pedido. "Ela já estava com o transplante certo. Se tivesse feito, ela poderia ganhar alguns anos de vida", explicou o médico.
O caso ficará sob decisão da Justiça.