Desde o início de sua gestão, Chaves culpava os contratos firmados pelos prefeitos anteriores como o grande entrave
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“Porto Velho, deixa eu cuidar de você” , foram com essas palavras que o então desconhecido ex-promotor Hildon Chaves conquistou os eleitores da capital rondoniense e se tornou um fenômeno nas urnas, levando a disputa eleitoral para o controle executivo da maior cidade do estado de Rondônia.
Porém, dois anos e nove meses depois, a realidade do cidadão comum de Porto Velho que depende dos serviços públicos disponibilizados pela prefeitura é de sofrimento, falta de qualidade de vida e muito desrespeito com seus direitos fundamentais.
O fato é que o prefeito Hildon Chaves não conseguiu dar andamento a serviços que dependiam apenas do seu empenho, competência e vontade, ao menos é isso que a intervenção do Governo do Estado na gestão do transporte escolar terrestre e fluvial, através do secretário estadual de educação Suamy Vivecananda vem tornando claro aos olhos da sociedade.
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Desde o início de sua gestão, Chaves culpava os contratos firmados pelos prefeitos anteriores como o grande entrave para o andamento do transporte escolar em Porto Velho, com o passar do tempo a situação foi tornando-se cada vez mais complicada, chegando ao ponto da paralisação total do serviço em outubro de 2018, levando prejuízo a milhares de estudantes e seus familiares.
Com o início de 2019 e as consequentes promessas não cumpridas de Hildon Chaves em retomar o serviço às desculpas foram transferidas para a Polícia Federal – PF e Controladoria Geral da União – CGU, que realizaram investigações que culminaram com prisões de membros do primeiro escalão da prefeitura de Porto Velho. Para Chaves, essa ação da PF e CGU travou o andamento das licitações e serviços.
A intervenção
Com o início do mês de setembro de 2019 e mais uma data prometida por Hildon Chaves que não foi cumprida, veio outra operação da PF e CGU que culminou mais prisões no primeiro escalão e a intervenção do serviço e consequentemente da empresa prestadora do serviço de transporte escolar rural terrestre.
Em poucas semanas, o interventor Suamy Vivecananda tomou as rédeas da situação, contabilizou os gastos, juntou numero de veículos disponíveis e se reuniu com os motoristas e outros profissionais que prestam o serviço, isso para ficar ciente da situação em que eles estão com relação aos salários, que estão atrasados há meses.
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A previsão é de que até a próxima sexta-feira (20) a situação desses trabalhadores esteja resolvida e paralisações do serviço como ocorreram durante a competência de Chaves não deverão mais ser registradas.
Problemas e suspeitas
A questão é que a intervenção no transporte escolar rural em Porto Velho pode explicitar possíveis irregularidades que vinham acontecendo na gestão do serviço, entre elas o suposto pagamento de 105 ônibus, sendo que apenas 70 estavam em operação.
A maioria dos veículos estão velhos e sucateados, sendo que sua grande parte não possui sequer as devidas licenças e vistorias indispensáveis para garantir a segurança dos alunos e servidores.
A reportagem buscou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Porto Velho, que mesmo sendo acionada durante horário de expediente não foi atendida. O questionamento seria: Porque Hildon não fez o que o secretário Suamy está fazendo? porque não se empenhou pessoalmente para resolver? Faltou vontade? Muitas perguntas, poucas respostas.
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