DIA DO SERVIDOR: Estabilidade no emprego é o principal atrativo para as carreiras públicas

Neste domingo(28) é comemorado o Dia do Servidor Público

DIA DO SERVIDOR: Estabilidade no emprego é o principal atrativo para as carreiras públicas

Foto: Divulgação

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O que faz um servidor público? É fácil saber. Basta ir a uma repartição na prefeitura, ter aula com um professor numa escola estadual, pedir informações a um funcionário do Banco do Brasil ou conhecer um agente de saúde.

 

Pois bem, todas essas pessoas exercem um cargo público. Vamos entender melhor. Público é aquilo que pertence ao povo, o que pertence a todos, à coletividade. O cargo público é criado por lei, e quem paga o salário são os cofres públicos, ou seja, toda a população, através dos impostos.

 

O serviço público se relaciona com os governos federal, estadual ou municipal. Apesar disso, o servidor público não trabalha para o governo, ele trabalha para a população. O serviço público atende as necessidades essenciais da população, como saúde, segurança e educação. Todos os cidadãos têm direito a esses serviços, que são para o benefício de todos.

 

Como uma pessoa é admitida no serviço público? Por meio de um concurso aberto a todos. Os deveres e direitos dos servidores públicos estão definidos na nossa Constituição.

 

O trabalho do servidor público é muito importante para todos nós. Nosso bem-estar depende da qualidade do trabalho dessa categoria que atua em hospitais, escolas ou repartições. Mas há muitos problemas. Você deve saber que alguns servidores não cumprem bem suas funções. Há muita burocracia, o serviço é lento e deixa a desejar. E há ainda um problema mais grave: tem gente que usa o cargo público em seu em seu próprio benefício.

 

Por isso mesmo, é muito importante a gente entender o que é o serviço público e qual o papel do servidor. A ética, a eficiência, o respeito e a cordialidade são obrigações de todas as pessoas que trabalham para o bem comum. Todos nós precisamos dos serviços públicos.

 

Espera aí, e os políticos? Claro, os cargos políticos também têm como objetivo o bem comum. Os agentes políticos também trabalham para o bem público. São os prefeitos e vereadores, os governadores e deputados estaduais, o presidente da República e os deputados federais e senadores. No entanto, os políticos não prestam concurso, mas são eleitos pelo voto.

 

Se ganham a eleição, passam a ter um mandato público, que tem início e fim. Por isso os políticos servem à população apenas durante o período para o qual foram eleitos. Também não são regidos pelo Estatuto do Servidor Público e não têm cargo vitalício.

 

Antes da existência do Estatuto dos Servidores Públicos, que foi criado em 1990 para regulamentar a profissão, os servidores eram chamados de funcionários públicos.

 

Bem, agora que você já sabe como é importante o trabalho de um servidor público, pare e olhe em volta. Com certeza você conhece um servidor público que tem todas aquelas qualidades (ética, eficiência, respeito e cordialidade) e mais algumas. É a ele que você vai prestar homenagem no dia 28 de outubro.

 

O melhor e o pior da carreira pública, segundo 9 servidores

 

A estabilidade profissional é o grande ponto forte da carreira pública e o que motiva milhares de concurseiros a persistirem nos estudos. Por outro lado, o comodismo de alguns servidores pode incomodar, assim como a natureza pouco criativa de algumas tarefas. Rondoniaovivo colheu depoimentos de nove servidores públicos para saber o que eles consideram o melhor e o pior no trabalho como servidores. Confira o que eles disseram:

 

Isabela Ferrari, Professora

 

 

Idade: 29 anos

 

Tempo no cargo: 2 anos, sendo 5 anos de carreira pública no total.

 

O que mais gosta na carreira pública: “Essa segurança sobre a permanência no cargo permite ao indivíduo programar a sua vida com tranquilidade. Daí decorrem vantagens financeiras referentes a planejamento de longo prazo e vantagens emocionais, como a tranquilidade proporcionada às mulheres com relação ao planejamento familiar e a serenidade perante crises econômicas ou mudanças estruturais. Colaborar para o bem-estar social também é muito gratificante”, diz.

 

O que menos gosta na carreira pública: “Talvez a maior desvantagem do serviço público seja a falta de reconhecimento, por parte do Estado, do serviço bem realizado. Essa costuma ser a causa do comodismo, tão referido quando se pensa em funcionalismo público. Além disso, no Brasil, percebemos que existem graves distorções com relação à meritocracia. Um avanço foi a vedação ao nepotismo. Outro é a defesa, cada vez mais intensa, da adoção de uma concepção gerencial de Administração Pública”.

 

 

Aloysio Lopes, Policial

 

 

Idade: 26 anos

 

Tempo no cargo: 1 ano

 

O que mais gosta na carreira pública: “O maior ponto forte do serviço público é a estabilidade, e, no meu caso em específico, a possibilidade que o meu trabalho me proporciona de ajudar a sociedade a viver de forma mais pacífica e harmônica. É a minha grande realização pessoal”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “o comodismo que alguns servidores apresentam quando ingressam na carreira pública, pensando que, por ter a estabilidade, não precisam se dedicar como fariam no setor privado”.

 

Luana Santarém, Enfermeira

 

 

Idade: 30 anos

 

Tempo no cargo: 2 anos e meio

 

O que mais gosta na carreira pública: “o fato de você conseguir planejar sua vida, sem aquela incerteza da área privada. O salário também me chamou bastante atenção, sem contar que trabalho na área que sempre quis, sou servidora da saúde e faço faculdade de Direito. Assim que acabar meu curso pretendo voltar à rotina de concurseira”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “É um serviço bem rotineiro, sem muita criatividade”.

 

Priscila Wagner, Advogada

 

 

Idade: 31 anos

 

Tempo no cargo: 2 anos

 

O que mais gosta na carreira pública: “A tranquilidade do trabalho. Não há dúvidas de que os frutos trazidos por esta tranquilidade devem ser reconhecidos, especialmente para as mulheres, que possuem via de regra jornada dupla e ainda enfrentam algumas dificuldades na iniciativa privada. Outro ponto importante é a pontualidade no pagamento”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “Para mim, a maior dificuldade na carreira pública é o salário, que varia de acordo com o governo existente no país. Alguns governos valorizam mais o servidor público, outros nem tanto”.

 

Rayanne Coelho, assistente jurídica

 

 

Idade: 30 anos

 

Tempo de cargo: 11 anos

 

O que mais gosta na carreira pública: “Trabalhar na Procuradoria Geral do Estado não é um mero trabalho burocrático. É um trabalho humano. A vivência que se tem com as histórias dos assistidos não é possível ter em nenhuma outra instituição. Trabalhar na PGE se torna uma doação de amor ao próximo cultivada diariamente. É muito gratificante. E será ali que minha carreira seguirá seu fluxo!”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “Sinceramente, não tenho essa visão, pois a cada dia penso que existe uma oportunidade a mais de contribuir com as pessoas por meio de um órgão que cumpre seu papel de possibilitar acessibilidade à Justiça gratuita”.

 

Camila Lima, assistente administrativa

 

 

Idade: 31 anos

 

Tempo no cargo: quase 3 anos

 

O que mais gosta na carreira pública: “Benefícios, flexibilidade no horário, o fato de poder realizar cursos de capacitação e de trabalhar em um local acessível para pessoas com necessidades especiais, como eu. Consigo ter horário especial sem redução de salário para fazer os tratamentos que preciso em um período do dia”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “Do engessamento da administração pública”.

 

Rafaela da Silva Mello, técnica judiciária

 

 

Idade: 25 anos,

 

Tempo no cargo: 6 anos

 

O que mais gosta na carreira pública: “Bons salários, plano de carreira”

 

O que menos gosta na carreira pública: “O fato de os serviços serem permanentes, com pouca variação nas tarefas”.

 

Priscila Martinho da Costa, agente de saúde

 

 

Idade: 34 anos,

 

Tempo no cargo: 1 ano e 2 meses

 

O que mais gosta na carreira pública: “Da segurança do vínculo que me permite exercer minhas funções com mais tranquilidade, do caráter democrático do ingresso (concurso público), da possibilidade de continuidade dos estudos, por meio de cursos de especialização e de reciclagem, bem como pós-graduação e mestrado”

 

O que menos gosta na carreira pública: “É da ausência de mecanismos mais efetivos de estímulos àqueles que se destacam em sua atuação, tal como ocorre na iniciativa privada, bem como da dificuldade em se modernizar e aprimorar a infraestrutura do local de trabalho, por meio da contratação de novos servidores da carreira de apoio e aquisição de materiais, em decorrência da limitação orçamentária”.

 

Mariana Albuquerque

 

 

Idade: 24 anos

 

Tempo no cargo: 2 anos e meio

 

O que mais gosta na carreira pública: “Hoje, no mercado altamente competitivo, falta a estabilidade que traz um pouco de tranquilidade. Outro fator muito importante, especificamente no meu caso, é a flexibilidade de horário e a tranquilidade de se trabalhar sem muita pressão e tantas cobranças. Destaco também o investimento que o meu setor, em especial, tem em relação à atualização e ao aperfeiçoamento de seus servidores”.

 

O que menos gosta na carreira pública: “A comodidade de alguns servidores. Devido à segurança no emprego, talvez não se esforcem o suficiente para ter um bom desempenho no trabalho e colaborar com os demais”.

 

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