Na chuvas animais peçonhentos invadem residências em busca de abrigo

Em busca de proteção, alguns bichos procuram áreas secas e ambientes quentes, e aí passam a conviver com seres humanos.

Na chuvas animais peçonhentos invadem residências em busca de abrigo

Foto: Divulgação

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Imagine o dono do carro chegando à garagem e se deparando com a cobra ou o bicho-preguiça embaixo do carro ou mesmo no motor. E a dona de casa que encontra uma aranha na entrada do banheiro?

 

É tempo de escorpião, aranha, lacraia e cobras. Cobras cipó e jiboia rondam os quintais de Porto Velho. Em busca de proteção, alguns bichos procuram áreas secas e ambientes quentes, e aí passam a conviver com seres humanos.

 

“Fechem as portas, isso evita que esses animais entrem em suas casas”, recomendou o comandante do Subgrupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros, capitão bombeiro Samuel Araújo.

 

No ano passado, Rondônia teve 974 ocorrências de capturas de bichos e sua devolução à natureza. Em Porto Velho foram 64 casos.

Preventivamente, após possíveis sustos, as pessoas podem dispor do trabalho do subgrupamento, que está sempre pronto para agir, explicou o capitão Samuel.

 

As áreas com maior frequência de bichos são os bairros Baixa da União, Balsa e Triângulo, mais sujeitos à cheia do rio Madeira, mas há ocorrências em outros pontos periféricos, informou o comandante.

 

“Às crianças, recomendamos: não toquem o animal ou aracnídeo, avisem os pais para acionarem o telefone 193, e a equipe irá capturá-los”, ele apela.

 

Os mais comuns capturados no período: bicho-preguiça; cobra cipó e jiboias; mucuras; e, remotamente o jacaretinga (Caiman crocodilus), todos bem conhecidos da população.

 

DIVISÃO DE TAREFAS

 

Termo de ajuste de conduta firmado com o Ministério Público Estadual estabeleceu para a Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), apoiado pelos bombeiros, a captura de animais silvestres. Coube à Polícia Militar Ambiental cuidar disso na zona rural, e ao Centro de Zoonoses no município de Porto Velho.

 

Capitão Samuel: “Liguem para o 193”

 

Frequentemente, animais peçonhentos aparecem próximos ou até dentro em casas e apartamentos, especialmente aqueles localizados próximos às áreas verdes.

 

Picadas de animais peçonhentos provocam inchaço, vermelhidão, coceira e dor. Algumas espécies levam a pessoa a ter diarreia, vômito, problemas renais e até diminuição da pressão arterial.

 

Mesmo assim, a consciência conservacionista é regra entre os bombeiros. “Animais peçonhentos, aranhas e escorpiões são devolvidos à natureza, e quando há situações de animais feridos, encaminhamos ao Ibama para cuidados veterinários, e em seguida eles voltam para o mato.”

 

As áreas mais comuns eleitas para a devolução são as proximidades do Parque Ecológico e as matas ao longo da BR-319, depois da ponte do rio Madeira, rumo a Humaitá (AM).

 

O quartel o subgrupamento fica na Estrada do Belmonte, confluência com Avenida Farquhar explica que este é o período do ano em que eles estão mais visíveis aqui e noutras regiões do País.

 

O Ministério da Saúde recomenda:

► Não andar descalço;
► Use luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem;
► Nunca coloque as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros;
► Não deposite ou acumule material inútil: lixo, entulhos e materiais de construção;
► Controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que se alimentam deles;
► No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evite a aproximação da vegetação rasteira, gramados ou até mesmo jardins.

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