Um ano depois, o caso continua sem resposta definitiva
Foto: Divulgação
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Após um ano, o Ministério das Relações Exteriores encerrou a busca pelos brasileiros, entre eles, três rondonienses, que desapareceram nas Bahamas em novembro do ano passado na tentativa de fazer a travessia marítima ilegal para os Estados Unidos. O grupo era formado por 19 imigrantes (brasileiros, dominicanos e cubanos). O caso continua sem resposta definitiva.
Em audiência pública realizada nesta terça-feira (05) na Câmara dos Deputados, a diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, Maria Luiza da Silva, afirmou que a conclusão das investigações depende de órgãos estrangeiros, que em algum momento também vão considerar as buscas como encerradas.
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Em setembro deste ano, uma comitiva de deputados viajou para a região em busca de informações adicionais sobre o caso. A missão não encontrou informações diferentes das que haviam sido divulgadas até então e que apontam para a hipótese de naufrágio.
As autoridades locais relataram aos deputados brasileiros que não havia nenhum sinal de prisão irregular, latrocínio ou outro crime cometido contra as vítimas e não comprovaram nenhum esforço em investigar os traficantes de pessoas que atuam na região.
Novos desaparecimentos
Entre os desaparecidos estão migrantes dos estados de Minas Gerais, Rondônia, do Pará e Tocantins. Vários parentes de desparecidos participaram da audiência desta terça, inclusive a mãe de um jovem de Goiânia, que está desaparecido desde agosto deste ano, depois de integrar outro grupo que tentava a travessia ilegal pelas Bahamas.
Idalira Alvez Souza de Jesus conta que seu filho, Maikon Eder Alves de Jesus, de 23 anos, fez o último contato com a família em 3 de agosto, quando afirmou que ele e mais seis migrantes embarcariam em breve para Miami. Depois de ter seu pedido de visto negado por duas vezes, o jovem contratou um coiote de Minas Gerais com o objetivo de ingressar nos Estados Unidos para trabalhar.
Os parentes só entraram em contato com o setor consular do Itamaraty no final de setembro. Emocionada, Idalira contou que o rapaz não sabia do caso dos desaparecidos de novembro de 2016 e que ele afirmava que o único risco da viagem era a possibilidade de ser deportado. Apesar de estar há quatro meses sem notícia do filho, a mãe diz que ainda tem esperança. “Eu sei que vou encontrar meu filho com vida”.
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