As consequências estão sendo desastrosas, pois os frigoríficos preferem comprar boi vivo no Acre e transportar até Rondônia para abater.
Foto: Divulgação
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Atualmente há um milhão de cabeças excedente no rebanho em Rondônia
“Os criadores de gado de Rondônia estão sofrendo uma concorrência desleal promovida pelo vizinho Estado do Acre, que isenta de ICMS a venda do boi vivo para ser vendido e abatido em Rondônia e, ao mesmo tempo, impõe uma sobretaxa de imposto na carne que os frigoríficos de Rondônia tentam exportar ao Acre”, afirmou o sindicalista Itamar Ferreira em artigo publicado em um site da capital.
De acordo com ele, as consequências estão sendo desastrosas, pois os frigoríficos preferem comprar boi vivo no Acre e transportar até Rondônia para abater. “Ao mesmo tempo, não conseguem vender carne no Acre pela sobretaxa de impostos, causando uma queda no preço da arroba em Rondônia e o aumento do excedente em nosso rebanho”.
Para o sindicalista, a medida adotada pelo governo acreano está correta, pois é uma forma de defender os pecuaristas daquele Estado. Porém, ele cobra uma postura mais rígida por parte da Secretaria de Agricultura (SEAGRI) e demais autoridades rondonienses para garantir o comércio da produção local. “Sinto que há uma inércia das autoridades”, declarou.
Uma das consequências nefasta dessa política de concorrência predatória imposta pelo governo do Acre, de acordo com Itamar Ferreira, é que atualmente há um milhão de cabeças excedente no rebanho em Rondônia. “São gados que já passaram do tempo de abate. Por conta desse fator, o preço da arroba é forçadamente empurrado para baixo”.
Na sua opinião, faz-se necessário criar políticas de incentivo da mesma forma que está sendo adotada pelo Governo do estado vizinho para que os produtores de Rondônia tenham condições de comercializar o gado em outros estados. O sindicalista informou que a saída de animais reduziu de 11.957 em março de 2016 para 2.008 em março de 2017.
“E o quadro tende a se agravar”, ressaltou, acrescentando que não só pela redução da venda de animais vivos para outros estados, mas também porque “temos um rebanho de 4.590.648 de fêmeas pronta para reprodução, o que garantirá um crescimento consistente do rebanho bovino em Rondônia”.
Itamar informou que a pecuária vem tendo um crescimento considerável na última década e meia, passando de um rebanho de 7,5 milhões em 2001 para aproximadamente 14 milhões em 2017, criando uma grande indústria frigorifica e de laticínio, que gera desenvolvimento, milhares de empregos e arrecadação de impostos. “Portanto, o Governo não pode ficar inerte a essa questão”, concluiu.
Fonte: Rondônia Dinâmica
Editado por Rondônia ao Vivo
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