Carpinteiro que teve mão reimplantada no João Paulo II inicia fisioterapia
Foto: Divulgação
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O carpinteiro Frank Cassimiro Leite, 20 anos, que teve a mão reimplantada, em março deste ano, por médicos do setor de emergência do
Hospital João Paulo II, em Porto Velho, começou nesta terça-feira (1) a fazer fisioterapia ocupacional – tratamento pioneiro no Sistema Único de Saúde (SUS) em Rondônia, no Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero), referência na área no estado.
Frank teve a mão praticamente decepada ao sofrer um acidente de trabalho com uma serra portátil. De acordo com relato feito por ele, foram apenas 40 minutos da hora do acidente até a entrada no centro cirúrgico. Após cinco horas, o carpinteiro teve a mão esquerda reimplantada.
A cirurgia, que consistiu na reconstituição dos tendões, ligamentos e artérias, foi feita por cirurgião-vascular do quadro de servidores do estado. À época, de acordo com Frank Leite, vários médicos disseram que a excelência do atendimento e o espaço de tempo mínimo entre o acidente e a cirurgia foram fundamentais para que a mão não fosse amputada.
Segundo o diretor do Cero, Yargo Machado, esta fase do tratamento é fundamental para otimizar a mão esquerda para as atividades relacionadas ao trabalho que ele executa, considerando as limitações existentes causadas pelas sequelas temporárias.
Yargo explicou que o terapeuta ocupacional estuda e emprega atividades de trabalho e lazer no tratamento de distúrbios físicos ou mentais e de desajustes emocionais e sociais. O profissional utiliza tecnologias e atividades diversas para promover a autonomia de indivíduos com dificuldade de integrar-se à vida social em razão de problemas físicos, mentais ou emocionais.
“É o profissional que elabora planos de reabilitação e adaptação, buscando não apenas desenvolver no paciente a autoconfiança, como também orientá-lo quanto aos seus direitos de cidadão”, citou, completando que este terapeuta atende a pessoas de todas as idades, de recém-nascidos a idosos, na promoção do bem-estar, prevenção e recuperação de disfunções.
O profissional também cria e faz a avaliação de atividades físicas, podendo prestar atendimento individual ou em grupo. “No caso de Frank, será indispensável, já que ele afirma que tem medo de mexer a mão e de segurar alguns objetos”, afirmou Yargo.
Após algumas sessões na terapia ocupacional, Frank será encaminhado à reabilitação física. De acordo com Yargo Machado, especialista da área, o tratamento acontecerá passo a passo. “O trauma na mão é um dos que requerem maior atenção. As pessoas ficam com medo de fazer movimentos simples do dia a dia. Essa reação natural do corpo tem que ser combatida com atividades de apoio emocional para que o paciente recupere sua autoconfiança e reaja ao tratamento”, apontou o coordenador do Cero.
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