As peças estão desmontadas e nunca foram utilizadas, jogadas no pátio da Casa de Cultural Ivan Marrocos, se deteriorando pelo tempo e já com manchas de corrosão.
Foto: Divulgação
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Impressionante e quase inacreditável, mas há cinco anos o artista plástico Júlio Carvalho entregou a Superintendência Estadual de Esportes, Cultura e Lazer (Secel) a encomenda de seis esculturas de ferro com 3 metros de altura cada uma e que deveriam ser utilizadas na entrada do novo teatro, o Palácio das Artes. Porém, as peças estão desmontadas e nunca foram utilizadas, jogadas no pátio da Casa de Cultural Ivan Marrocos, se deteriorando pelo tempo e já com manchas de corrosão.
Encomendadas ainda no governo de Ivo Cassol, as seis peças são representações da arte e que seriam afixadas na entrada do teatro. As peças já foram pagas ao artista, que cumpriu o prazo correto de entrega, mas ainda não viu o seu trabalho exposto como foi acordado.
A reportagem do Rondoniaovivo procurou o artista, Júlio Carvalho, para saber mais detalhes das obras e sobre a utilização delas hoje no teatro.
Júlio considerou lamentável que passado tanto tempo as peças ainda não tenham sido recuperadas e afixadas na frente do teatro estadual. Ele ressaltou que após cinco anos e como as esculturas são de ferro é necessário hoje fazer um trabalho de restauração para depois afixá-las.
Perguntado a ele se já havia conversado com a atual superintendente da Secel, Eluane Martins da Silva, para solicitar providências a respeito das peças, Júlio disse que sim, inclusive argumentando com o artista que colocaria as esculturas no local e que já estava viabilizado, porém não deixou claro quando seria isso e não entrou em contato mais para dar uma data.
Júlio lembrou que para afixar as peças hoje seria necessário um trabalho de restauração e que ele já se ofereceu para fazer o serviço, sem cobrar nada. Mas até o momento ainda não foi avisado.
“Eu lamento que após tantos anos e com o teatro recém-inaugurado essas peças ainda estejam esquecidas. Eu temo que elas tenham o mesmo destino das peças que eu fiz onde hoje estão as obras inacabadas dos viadutos, jogadas em um depósito e destruídas pelo tempo”, resignou o artista.
As estátuas constituem de um flautista, um tocador de banjo, um percussionista e três dançarinos. Mas, o incrível, elas estão jogadas num canto do pátio da Casa de Cultura, deteriorando.
“Eu estou à disposição da superintendência no momento que quiserem restaurá-las. Espero que não demore muito, pois se não vamos perdê-las”, concluiu Júlio.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!