O vice-presidente do Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia, George Telles esteve em Brasília no último dia 18 de julho. O propósito foi solicitar apoio dos Deputados Federais de Rondônia e ao coordenador da Bancada Federal dos deputados, para a votação da Proposta de Emenda Constitucional 556. A proposta prevê concessão aos seringueiros (soldado da borracha) os mesmos direitos concedidos aos ex-combatentes: aposentadoria especial, pensão especial, dentre outros.Visitado pelo vice-presidente, o coordenador da bancada rondoniense o Deputado Federal Nilton Capixaba, mais uma vez foi solicito em acolher as reivindicações da categoria, e em imediata prontidão cobrou celeridade e deferiu via requerimento a inclusão da matéria para pauta de votação. Na oportunidade outros vários deputados foram visitados, e se comprometeram em dar apoio à matéria.
Segundo o líder da bancada a matéria possivelmente será votada após o recesso parlamentar, que voltará ao seu exercício no mês de agosto de 2013. George Telles que é representante da categoria de Soldados da Borracha e Seringueiros, disse que não tem mais como esperar, que dentre outras PECs existentes, a PEC-556 é a que tem maior importância e urgência, por se tratar de direito pátrio não pago a cidadãos que foram agentes da guerra, segundo o sindicalista fazem mais de 67 anos que a guerra mundial terminou, e contundentemente os Governos que passaram pelo Estado Brasileiro nunca sinalizaram de forma objetiva que iriam reconhecer a categoria dos Soldados da Borracha, hoje a maioria dos integrantes da Batalha da Borracha já morreram e os que ainda restam estão bem doentes, uns encontram-se em cadeiras de rodas, outros tornaram-se desaparecidos há anos no meio da floresta, centenas de Soldados da Borracha possuem parte das pernas deformadas por picadas de cobras e insetos peçonhentos ou cicatrizes e marcas deixadas em seus corpos pelo duro ofício da extração da borracha no período da 2ª Guerra Mundial e nos anos posteriores a ela. Na verdade todo esse contingente de guerra formado por milhares de homens humildes, desprovidos de conhecimento, foram recrutados para trabalharem no esforço de guerra no oeste brasileiro atendendo um Projeto Geopolítico, sem equipamentos à altura da realidade e sem conhecimento dos perigos daquela região inóspita, o governo de Getúlio Vargas legou a esse exército uma viagem sem volta e os lançou a toda sorte de situações , ao invés de calçar os milhares de pés que marchavam para a Batalha da Borracha, acabou despindo- os, uniformizando-os com calçados não apropriados à região. Aos militares que lutaram na Europa, foram dadas botas militares de cano longo, se tratando dos Soldados da Borracha, esses receberam alpercatas de couro de tiras finas, desprotegendo assim, milhares de homens dos ataques de serpentes e da variedades de insetos perigosos existentes na selva.
Os sobreviventes desse episódio que se encontram em estado de saúde não muito fragilizada, estão lutando contra o tempo com suas idades bem avançadas, esperando ainda serem reconhecidos pelos estado brasileiro. Segundo alguns historiadores e pesquisadores da questão, migraram contratados pelo governo de Getúlio Vargas nada menos que 60.000 ( sessenta mil) trabalhadores nordestinos para Amazônia, outros autores mencionam 100.000 (cem mil) trabalhadores.