Na 3ª rodada de negociação, ocorrida na última quinta-feira (13), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Rondônia (SINTTRAR), entre a entidade, representado pelo seu presidente Antônio Carlos Da Silva, e os donos das empresas de ônibus que transportam os trabalhadores da Usina de Jirau, não houve acordo; ou seja, nenhum avanço, sendo mantida apenas a oferta apresentada nas reuniões anteriores de reposição da inflação, com base no IGP-M do IBGE, de aproximadamente 7,3% e manutenção das demais cláusulas do acordo vigente. Com isso, uma assembléia geral da categoria será realizada no próximo dia 27, sendo que a tendência é de greve por tempo indeterminado.
Este resultado será levado para os trabalhadores na assembléia do dia 27, "mas não existe possibilidade de aceitação deste percentual, pois trabalhadores já tinham decidido não abrir mão do índice de 16%, que deixaria o salário de motorista praticamente igual ao de um pedreiro das Usinas; pela categoria já entraríamos em greve imediatamente, mas o sindicato tem que cumprir a lei e fazer tudo dentro da legalidade", disse o presidente Da Silva. Haverá uma última rodada de negociação no dia 27 deste mês, conforme calendário apresentado às empresas, não há muitas expectativas de avanços.
O impasse permaneceu após três rodadas de negociação; sendo que a reivindicação inicial dos trabalhadores era de 16% no piso, que atualmente é de R$ 1.209,60, que subiria para aproximadamente R$ 1.400,00; o salário atual é considerado muito defasado, em relação aos demais trabalhadores da Usina. O SINTTRAR ressalta que foram aprovadas, ainda, outras reivindicações como: uma bonificação anual de R$ 800,00 e cinco dias de folgas para os motoristas que ficam alojados; equiparação do tíquete alimentação de R$ 230,00 para R$ 367,00 pago para os motoristas da Usina de Santo Antônio; registro integral da jornada de ponto e adicional de hora extra de 70% de segunda a sexta-feira, 80% aos sábados e 100% aos domingos e feriados.
Para o presidente do SINTTRAR, Antonio Carlos da Silva, o Da Silva, o sindicato está fazendo todo esforço possível para conseguir chegar a um acordo com as empresas. Entretanto a intransigência dos patrões está muito grande de um lado e de outro os motoristas de ônibus de Jirau não aceitam receber menos do que os trabalhadores da Usina, com a mesma qualificação e, também, ter menos benefícios do que os motoristas de Santo Antonio. "Os patrões estão empurrando a categoria para a greve ao fazer uma proposta que mantém as diferenças salariais e de benefícios", afirmou Da Silva.