|
Francisco Mauro Carvalho de Oliveira é portador de hepatite C crônica.
|
Suplício, essa é a única definição para em o que se transformou a vida de Francisco Mauro Carvalho de Oliveira, morador do município de Jaru, interior do estado de Rondônia, Francisco adquiriu Hepatite C após uma transfusão de sangue ainda na década de noventa, período em que as pesquisas hematológicas ainda não eram avançadas e transfusões de sangue era um grande risco de contaminação de graves doenças.
O fato é que Francisco viu uma esperança para sua moléstia, seria um tratamento de um ano com um forte medicamento capaz de acabar com a Hepatite C, que durante anos vem destruindo a sua saúde.
Porém para iniciar seu tratamento, Francisco necessita do medicamento Boceprevir 200mg, que é vendido em farmácias ao custo aproximado de onze mil reais a caixa. Francisco que é funcionário do Ministério da Saúde em Jaru buscou seus direitos e solicitou a medicação ao Governo do Estado de Rondônia.
A solicitação de Francisco parecia encaminhar para um desfecho positivo, o certame licitatório para a venda do remédio ao governo havia sido vencido pela drogaria Pax Norte LTDA, mas a partir desse momento um novo drama iniciou na sua vida.
Alegando não receber os pagamentos dos serviços prestados pelo Governo de Rondônia, a gerência da drogaria Pax Norte acabou suspendendo todos os serviços ao estado. Francisco entrou na justiça para ter seu direito garantido e conseguiu um mandado de segurança ordenando a entrega desse medicamento.
Mas com o passar do tempo e com sua saúde cada vez mais debilitada, a única coisa que Francisco recebeu até o momento foram uma série seguidas de desculpas toda vez que visita Diretoria de Gestão de Assistência Farmacêutica em Porto Velho.
“Há cada visita minha à Porto Velho para receber esse meu medicamento é uma decepção, estou temendo pela minha vida, estão esperando eu morrer para liberarem essa medicação. Sou um cidadão comum do estado de Rondônia pago os meus impostos e não posso pagar com a minha vida pela simples fato do governo não se organizar e quitar suas contas”, disse Francisco.
Em contato com os responsáveis pela drogaria Pax Norte, a reportagem do Rondoniaovivo foi informada que os serviços prestados ao Governo de Rondônia apenas retornarão com os devidos pagamentos das contas que estão atrasadas desde julho de 2012.
“Não podemos vender sem receber, infelizmente tivemos de suspender a entrega desses medicamentos, pois não temos como arcar com os custos”, afirmou um funcionário da drogaria identificado pelo nome de Fabricio.
Enquanto isso Francisco Mauro Carvalho de Oliveira espera o desenrolar dessa historia para enfim poder dar inicio ao tratamento que poderá salvar sua vida.