Pelo menos 13 ônibus coletivos, que fazem o transporte de passageiros em Porto Velho, foram apreendidos por fiscais da Divisão de Fiscalização de Transportes, da Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran). As apreensões ocorreram durante fiscalização de rotina realizada na última semana em vários pontos da Capital.
Todos os veículos foram recolhidos ao pátio do Departamento Estadual Trânsito (Detran). Segundo o laudo de apreensão, a maioria dos veículos estava com o licenciamento vencido, IPVA atrasado, lacre de placas violado, entre outras irregularidades. Todos os ônibus pertencem à empresa Rio Madeira.
Outra irregularidade apontada por fiscais da Semtran é que todos os ônibus estavam com a data limite de quatro anos, estipulada para o transporte de passageiros, ultrapassada. De acordo com Everton Kemp, coordenador da Divisão de Fiscalização de Transportes, da Semtran, há veículo com mais de 15 anos de fabricação, sem condições de uso transportando passageiros. “Isso representa quase quatro vezes mais que permite a legislação em vigor”, observa Kemp.
Sucateamento
Segundo a Semtran, mais de 50% da frota de coletivos está sucateada ou apresenta irregularidades. Na mesma operação, a empresa Três Marias teve vários veículos notificados. Os problemas mais comuns são: pneus carecas, poltronas sem acentos, vidros laterais quebrados, falta de higiene, falta de extintor, entre outros itens relacionados.
Segundo o secretário municipal de Trânsito, Carlos Guttemberg, a Semtran, por determinação do prefeito Mauro Nazif, vai intensificar a fiscalização. De acordo com o secretário, a prefeitura está apenas fazendo cumprir a Lei, e lutando para que as empresas que estão explorando a concessão prestem um serviço de maior qualidade à população usuária de coletivos.
Mais rigor
Outro ponto que terá maior fiscalização da Semtran é os horários dos coletivos. De acordo com o Everton Kemp, dezenas de reclamações chegam à Semtran todos os dias relatando atrasos constantes. Em muitas linhas, os coletivos passam com até uma hora de atraso. Isso, segundo Kemp, não será tolerado pela fiscalização.