Representantes do sindicato dos soldados da borracha vão à Costa Rica denunciar violações dos direitos humanos

Representantes do sindicato dos soldados da borracha vão à Costa Rica denunciar violações dos direitos humanos

Representantes do sindicato dos soldados da borracha vão à Costa Rica denunciar violações dos direitos humanos

Foto: Divulgação

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Nesta quarta feira 23 de janeiro de 2013, integrantes do Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros do Estado de Rondônia, estiveram na cidade de San José – Costa Rica, lugar onde fica a sede da Corte Interamericana dos Direitos Humanos, e na ocasião protocolaram documento denúncia e abaixo-assinado oficializando o pedido de intervenção da Corte Interamericana junto ao Brasil.
No relatório em anexo na documentação entregue, é apresentado denúncia das graves violações dos Direitos humanos cometida aos Seringueiros amazônicos e aos trabalhadores nordestinos que atenderam o chamado do Esforço de Guerra criado pelo então presidente do Brasil Getúlio Dornelles Vargas na década de 40, para fornecer borracha brasileira e matéria –prima estratégica aos Estados Unidos fortalecer sua máquina de guerra.
O Vice- presidente do sindicato George Telles e o Doutor e advogado Antônio Augusto encarregados de representarem o sindicato e a categoria, entregaram na sede e oficializaram junto ao protocolo importantes documentações contendo fotos, imagens de Soldados da Borracha e Seringueiros, decretos sobre a categoria, histórias da classe, anexando junto relatório da CPI da borracha do ano de 1946. Nos vários documentos é exposto a condição de abandono e esquecimento em que vivem os antigos seringueiros que ainda estão vivos, e que foram convocados pelo Estado Brasileiro a serviço do Brasil e dos Estados Unidos, o relato documental aborda as condições de moradias precárias que muitos vivem, a falta de assistência médica e proteção do governo. É notório em grande parte da denúncia o apelo à Corte Interamericana e à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos a aplicação da justiça e do reconhecimento aos serviços que os recrutados dispensaram à nação, aos E.U.A e ao mundo para a conquista da paz mundial.
Copias do Acordo de Washington e de documentos do Serviço de Encaminhamento dos Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA) e números de milhares de trabalhadores mortos nos seringais estão também fazendo parte do material que foi entregue.
O que o sindicato e a categoria espera é que o Estado Brasileiro possa ser acionado, e reparar os vários danos causados a esse grupo de pessoas excluídas historicamente, um passo gigante e importante foi dado, agora à Corte Interamericana, a Comissão Interamericana e as autoridades internacionais com esse feito realizado, saberão da história, dos acontecimentos ocorridos na 2ª Guerra Mundial no Brasil, quem eram os personagens e pessoas que estavam por trás da produção da borracha, os que mais sofreram com o sistema implantado, o que foi cometido, o que proporcionou a quebra de contrato por parte do governo, o que era o sistema de barracão, quem foram as principais vítimas das doenças endêmicas da região, o descaso cometido com a classe, as matanças realizadas por encomendadas e o saldo negativo das milhares de mortes e gravíssimas injustiças ocorridas na Amazônia daquela época. A expectativa é que o governo brasileiro e a justiça possam ser acionados e assim, acelerar o reconhecimento do papel desse grupo de brasileiros indenizando os que ainda estão vivos e as famílias daqueles que morreram esperando serem reconhecidos.
A Defensoria do Estado do Pará também ingressou junto a Corte Interamericana em Costa Rica um pedido e abaixo assinado com os mesmos propósitos do sindicato de Rondônia, também reivindicando justiça aos seringueiros daquele estado. Os dois estados estão juntos lutando arduamente em Brasília e em âmbito local pela conquista dos Direitos dos Seringueiros e Soldados da Borracha que trabalharam no período da 2ª Grande Guerra.
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