Jornalistas avaliam operações na prefeitura da capital e lamentam liberdade de Sobrinho

Andreolli bateu pesado nos vereadores. “Vereador tem que fiscalizar o prefeito, ao invés de estar levando gente pra banho, pra velório. Os vereadores são cúmplices dessa bandalheira. Eles passaram por cima de recomendação do Tribunal de Contas e apr

Da Redação

17 de Dezembro de 2012 às 16:02

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Jornalistas avaliam operações na prefeitura da capital e lamentam liberdade de Sobrinho

Foto: Divulgação

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Os jornalistas Paulo Andreolli, do site rondoniaovivo.com.br e Alan Alex, do painelpolitico.com.br foram os entrevistados desta segunda-feira (17), do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9, apresentado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá e retransmitido pela rádio Antena FM 98,3, de Alvorada do Oeste.

O tema central da entrevista foram as recentes operações Vórtice e Endemia, que evisceraram a gestão do prefeito petista Roberto Sobrinho.

“Quem acompanha o nosso trabalho, desde o primeiro mandato, não ficou surpreso. A frustração é não ter ainda prendido o prefeito. O procurador geral do Ministério Público, Héverton Aguiar, teve um trabalho destacado e quero acreditar que Sobrinho ainda vai ser preso”, declarou Alex.

“Não achava estranho a não-aplicação dos recursos. Em 2007, fizemos uma denúncia de superfaturamento de um evento que envolvia para-atletas. A recuperação da avenida Vieira Cahulla, da Uni Engenharia, por exemplo, é outro escândalo antigo. Certeza de roubalheira, eu tinha e muita, mas provas só agora”, afirmou Andreolli.

Segundo Andreolli, “a situação estava insustentável e demorou para explodir uma operação policial. Não tem como prenderem toda a turma e não prenderem o técnico. Roberto, tenho esperança, de que ele vai pra cadeia ainda”.

“Como ninguém sabia de nada? No caso dos vereadores, deveriam ter sido presos, pelo menos por omissão. Quem ordenou a despesa foi Sobrinho e terá que responder por isso, mesmo se ele não souber”, comentou Alex, acrescentando que “falta ainda a prestação de contas, por parte das usinas do Madeira, dos recursos liberados como compensação ambiental ou social”.

Sobre as casa populares e conjuntos residenciais abandonados, Alex disse que “é um absurdo, uma vergonha.

“A praça da EFMM é uma das mais caras do Brasil é um lixo, uma vergonha. Sobre os viadutos, há a suspeição de que a segunda contratada, a Egesa, recebeu R$ 10 milhões e o engenheiro Rogério Dias, concursado da prefeitura, abriu o verbo para o Ministério Público Federal. O engenheiro Valmir Queiroz, preso agora na Operação Vórtice, emitiu um laudo, feto em um dia, garantindo o pagamento de R$ 10 milhões de aditivo à empresa, que abandonou os serviços no dia seguinte”, declarou Paulo.

“Queríamos estar aqui falando bem da gestão municipal e que a nossa cidade estava bem cuidada. A entrada da cidade parece Beirute, em guerra nos anos 80. Roberto Sobrinho pode ser preso, mas pode se mudar daqui, mas nós continuaremos em Porto Velho e convivendo com os seus problemas. Talvez, nunca mais teremos a possibilidade de recebermos tantos recursos”, explicou Alan.

Para Alex, “os vereadores continuam sendo omissos e não tiveram a hombridade de assinar o pedido de CPI contra o prefeito. Acho que ainda vem mais coisa por aí e não está descartada uma apuração mais direta na Câmara Municipal”.

Paulo Andreolli lamentou ainda que o contrato de publicidade da prefeitura tenha se perpetuado em aditivações. “Foram gastos milhões em cima de uma coisa irregular, ilegal e imoral, como pode ter uma situação dessas se perpetuando?” indaga.

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