Acontecerá no próximo dia 17 de setembro o IV Fórum Hidrovia Já. O evento é resultado das discussões levantadas no seminário de Navegabilidade que aconteceu no mês de abril e que contou com a efetiva participação do Setor Produtivo. Após conhecer os problemas e levantar as soluções, tanto para a navegabilidade do rio Madeira, como para o Porto, as instituições, entre elas, a FIERO, empresários e sociedade civil, se reúnem agora, para tirar a Hidrovia do Madeira do papel e que ela seja a primeira hidrovia do Brasil.
O presidente do Sindicato de Portos e Hidrovias, Raimundo Holanda acredita que conseguindo a execução das obras dessa Hidrovia as outras oito que se encontram pendentes de efetivação, também saiam do papel. Ainda conforme Holanda, o governo do estado de Rondônia e o senador Valdir Raupp irão se pronunciar no evento e a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia – FIERO, como representante do Setor Produtivo, também deverá se posicionar por meo de seu presidente Denis Baú, pois agora é o momento de unir forças e trabalhar para que os investimentos já disponíveis sejam então, aplicados. “Já discutimos e apresentamos os problemas, agora é a hora de cobrar resultados”, concluiu.
Denis Baú disse que é fundamental que essa hidrovia saia do papel. “Com os recursos já disponíveis no Ministério dos Transportes e no DNIT é será possível moderniza-la e transforma-la num grande corredor de transportes de produtos industrializados, aqui no nosso estado. Com isso haverá um aumento da competitividade da Indústria rondoniense, na medida em que o transporte hidroviário custa a metade do preço do ferroviário e 1/3 do rodoviário”, concluiu.
Segundo o delegado Fluvial de Porto Velho, capitão-de-Corveta, Hamilton Rodrigues, houve uma reunião do IBAMA, no Ministério das Minas e Energia, para tratar sobre os efeitos das usinas em relação à transposição dos troncos nas barragens, assoreamento do rio e outros assuntos pertinentes. Durante a reunião, o Ministério dos Transportes se pronunciou de forma contundente dizendo que o dinheiro já existe e que os investimentos acontecerão, porém é preciso que desse Fórum seja gerado um documento que tenha força junto ao governo federal para concretizar esses investimentos.
No setor hidroviário estão em andamento os projetos para recuperação e adequação de oito corredores hidroviários, incluindo-se aí obras de dragagens, derrocamentos, sinalização, ampliação de terminais de carga, recuperação de portos fluviais e implantação de barragens e eclusas.
Quanto aos terminais hidroviários da região amazônica que serão construídos ou recuperados enumera-se: no Pará dez terminais referentes ao PAC 2 e quatro remanescentes do PAC 1; no Amazonas são onze do PAC 2 e dezesseis do PAC 1; em Rondônia, está em obra um terminal e mais quatro serão objeto de estudos, assim como outros quatro no Acre e um no Pará.
O encontro anterior aconteceu dia 4 de setembro e reuniu, o Sindicato de Portos e Hidrovias, o diretor presidente do Porto de Porto Velho – SOPH, Ricardo de Sá Vieira, a FIERO, o delegado Fluvial de Porto Velho Capitão-de-Corveta Hamilton Rodrigues e o chefe de unidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Paulo Sérgio da Silva Cunha.