O polêmico projeto de lei nº1997/02 que cria a Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal) teve sua votação concluída nesta ultima semana na Câmara dos Deputados em Brasília.
Bastante contestado pelos sindicatos da categoria, o projeto cria um fundo de pensão que será regido pelo sistema econômico global e passará pela administração de instituições financeiras bancarias, fato que de acordo com os representantes dos funcionários públicos federais irá colocar em risco o futuro dos servidores, devido principalmente a instabilidade do mercado financeiro mundial e um possível impacto das instituições bancarias em uma recessão global. Será a privatização da previdência dos servidores.
A criação da Funpresp também irá quebrar a paridade entre os servidores da ativa e aposentados, diminuindo o poder de unificação dos servidores em solicitações de paridades de salários e outras reivindicações causando uma grande desigualdade entre os servidores.
O sindicato da categoria em Rondônia, SINDSEF, iniciou uma campanha onde apresenta a sociedade os nomes dos deputados que votaram a favor da aprovação da lei 1997/02 e expuseram suas fotos em grandes outdoors em todo o estado.
Deram seu voto a favor da criação da Funpresp, os deputados Natan Donadon e Marinha Raupp (PMDB), Carlos Magno (PP), Padre Ton (PT) e Moreira Mendes (PSD). A favor dos servidores e contra a Funpresp votaram os deputados Mauro Nazif (PSB) e Marcos Rogério (PDT). O deputado Nilton Capixaba (PTB) não compareceu a votação.
Vale ressaltar que os funcionários estaduais que já estão no quadro federal antes da criação da fundação poderão optar por aderirem ao novo regimento ou não, e apenas os novos funcionários que ingressarem na carreira pública federal terão suas previdências regidas pela Funpresp.