Embora tenha sido um dos motes de campanha do atual governo, a segurança pública no estado de Rondônia anda caindo pelas tabelas. Nos últimos sete meses a violência tomou dimensões assustadoras. E o que tem sido feito de concreto pelas nossas autoridades para devolver um pouco de tranqüilidade à população? Por enquanto, só promessa. Nada mais que isso.
Não adianta tentar fugir à realidade. Rondônia transformou-se em terra de ninguém, um estado sem lei e sem ordem, onde quem fala mais alto não é o direito nem a justiça, mas o poder econômico e o cano do revolver.
Vive-se, hoje, na ante-sala do inferno. Mata-se e violenta-se com a mesma facilidade com que se descarta um papel inútil na lata de lixo. É como se a vida, dádiva de Deus, não significasse absolutamente para essas bestas humanas, que convivem tranqüilamente no meio de pessoas honestas, sérias e trabalhadoras.
É. Bons tempos aqueles das cadeiras nas calçadas, quando se podia conversar até altas horas com familiares e vizinhos, aproveitando a aragem da madrugada, tomando um cafezinho. E não me venham com essa história de saudosismo, para tentar justificar a incompetência de quem deveria zelar pela segurança da população.
Hoje, o cidadão pode perder a vida em qualquer esquina por causa de uns caraminguás. Ir ao caixa–eletrônica, sacar alguns trocados, nem pensar, principalmente, nos feriados e finais de semana, pois corre o risco de perder a vida.
E não se diga que a violência está apenas na periferia da cidade, onde a maioria da população é pobre e vive entregue à própria desdita. Essa tese foi superada. A violência não escolhe local, cor, sexo ou classe social.
No fundo, todos são vítimas da marginalidade, dessa chaga social, cujo combate deveria ser uma das prioridades do novo governo de Rondônia, que, hoje, completa sete meses de mandato.