Pavimentação da BR-429 proporciona capacitação profissional e garante primeiro emprego
Foto: Divulgação
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As construtoras ressaltam que formaram profissionais que antes não tinham qualquer experiência e hoje estão aptos a trabalhar em qualquer obra do país
A região da BR-429, no Vale do Guaporé, passa por um processo acelerado de mudanças sócio-econômicas desde o início da obra de pavimentação asfáltica da rodovia realizada pelo DNIT. A antiga estrada, que era conhecida pela má conservação, atoleiros na época das chuvas e pontes velhas, já não é mais a mesma. Atualmente conta com quase 135 quilômetros de estrada asfaltada - desde o entroncamento com a BR-364 até 15 quilômetros após São Miguel do Guaporé -, conservação constante e reinício das obras de asfaltamento até Costa Marques, somando 301,95 quilômetros de implantação e pavimentação asfáltica com recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Pavimentação asfáltica realizada pelo DNIT.
Junto com a nova configuração urbana que o pavimento proporciona aos cinco municípios no eixo da rodovia, surge outro fator positivo que vai influenciar diretamente na vida dos moradores da região: oportunidade do primeiro emprego e qualificação profissional para milhares de pessoas, principalmente jovens entre 20 e 25 anos. Desde que a obra de pavimentação começou, em outubro de 2009, até o início do mês de maio deste ano, foram oferecidas cerca de 1.400 vagas para contratações diretas pelos três consórcios que implantam e pavimentam a rodovia.
“Nós formamos profissionais que estão aptos para trabalhar em qualquer outra empresa ou nos seguir em obras por todo o país. Indiscutivelmente, a experiência adquirida em uma obra do porte da pavimentação da BR-429, credita esses trabalhadores a conseguir emprego com mais facilidade em qualquer lugar”, afirma o gerente administrativo de obras da Enpa Engenharia, empresa que fez parte da obra no lote 04, em Costa Marques. A empresa formou novos apontadores, greidistas e operadores de máquinas que foram aproveitados por outros consórcios, como a Fidens/Mendes Júnior – atualmente executando o lote 03, pela Contek/Rodocon - executora do lote 02 – ou pela CCM consorciada com a Enpa no lote 04.
Adriano Carvalho dos Reis, operador de trator de pneu, 22 anos, teve sua carteira assinada pela primeira vez ao entrar para trabalhar no lote 03. “Com certeza, daqui pra frente terei mais facilidade de arrumar emprego, quando a obra acabar, pois posso provar minha experiência”, fala o operador entusiasmado.
Além do primeiro emprego, as empresas estimulam todos os funcionários em aprender novas atividades, independente do serviço para o qual foram contratados. Os encarregados de cada setor estão orientados a descobrir novas aptidões nos colaboradores e treiná-los para a nova função. Um exemplo é Naiara Darsia, de 21 anos. Ela que já trabalhou de caixa em uma loja, acompanha o consórcio Fidens/Mender Júnior desde a obra no lote 01. Começou como auxiliar de almoxarifado e atualmente é Almoxarife II estando “a um passo de ser tornar encarregada”, salienta Alves.
Alves explica que a empresa incentiva os funcionários a crescer profissionalmente para “trabalhar menos e ganhar mais”, por isso sempre fazem testes de conhecimento em cada setor e depois sorteiam prêmios entre os melhores. Essa é mais uma das ferramentas usadas para identificar novos potenciais, além da observação diária de desempenho.
Além do estímulo a aprender nova profissão, as vantagens oferecidas pelos consórcios aos empregados são muitas, entre elas as cestas básicas e planos de saúde, explica o gerente do consórcio Contek/Rodocon, engenheiro Renato Araújo. Ele reforça que a preferência para a contração é para as pessoas da região e que não teve dificuldades em encontrar pessoal para trabalhar no operacional, como motoristas, operadores de trator de pneu, apontadores e demais ajudantes.
De acordo com dados do CAGED/MTE de janeiro/2011 a março/2011, a construção civil foi a atividade que pagou o melhor salário médio de admissão na região do Vale do Guaporé: R$ 1.099,52. Sendo que a ocupação com o melhor saldo foi a de operador de motoniveladora, que pagou em média R$ 1.926,50. Além das vantagens pessoais, os funcionários entrevistados foram unânimes em falar que estão satisfeitíssimos com o salário que recebem e com as condições que as empresas oferecem. “As vantagens são muitas e eu estou muito satisfeito em trabalhar aqui”, fala o técnico em Segurança do Trabalho Marcelo Ferreira, que veio de São Paulo e já trabalhou em uma das construtoras das hidrelétricas do rio Madeira.
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