Liderança indígena do povo Suruí em Rondônia denuncia ameaça de morte em Brasília

Liderança indígena do povo Suruí em Rondônia denuncia ameaça de morte em Brasília

Liderança indígena do povo Suruí em Rondônia  denuncia ameaça de morte em Brasília

Foto: Divulgação

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O líder indígena Almir Suruí, de Rondônia, denunciou durante reunião realizada nesta quarta-feira (15), com representantes da Secretaria de Direitos Humanos e do Ministério do Meio Ambiente que vem sendo ameaçado de morte.

Do povo suruí, Almir relatou as ameaças a Fernando Matos, diretor da Secretaria de Direitos Humanos e Paula Vanucci do MMM, em Brasília.

O indígena questionou quais medidas serão tomadas pela Secretaria dos Direitos Humanos para sua proteção.

Segundo Almir o caso não é recente. Faz dois anos que ele realizou uma reunião com vários órgãos do governo com o mesmo intuito: pedir medidas de segurança para garantir sua vida e de seu povo. No entanto, o cenário atual é de grande violência.

“Sempre lidei com as ameaças de grupos que querem utilizar a floresta de maneira errada na nossa região, mas agora estou ainda mais preocupado, pois nas últimas semanas líderes do Povo Paiter Suruí também foram ameaçados”, disse Almir Suruí.

Além disso, alguns indígenas foram aliciados pelos madeireiros e estão também ameaçando o líder Suruí de morte.

Conforme Almir, até o momento nenhuma fiscalização foi feita e nenhum dirigente da entidade esteve na comunidade para averiguar os fatos mesmo depois de insistentes denúncias.

Fernando Matos afirmou que será implantado em Rondônia um programa de proteção e que equipes de cunho Federal e Estadual farão um esforço concentrado no Pará, Amazônia e Rondônia para combater os assassinatos e ameaças.

Ainda segundo Fernando é importante que a Força Nacional acompanhe o caso e que Almir agende uma reunião com a Secretaria da Presidência da República, dirigentes do IBAMA, FUNAI e com a Polícia Federal para relatar o caso.

Ao final da reunião, Rubens Gomes, presidente do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), que organizou a reunião, apresentou para o Diretor da Secretaria dos Direitos Humanos uma lista feita pela Fundação Banco do Brasil contendo o nome de mais de 200 organizações de todo o país que ainda utilizam trabalho escravo.

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