Moradores da Avenida Raimundo Cantuária, do bairro Mato Grosso, zona central de Porto Velho (RO), bloquearam a via pública com paus, pedras, latas e pneus como forma de protesto. A intenção da comunidade é alertar as autoridades do município que há anos não estão realizando o serviço de saneamento básico. A via pública é uma das principais da cidade, pois ela abrange as zonas Central, Norte e Leste.
No início da tarde de quarta-feira (25), a reportagem foi até ao local e se deparou com a situação precária que os moradores vêm passando. Erosão, mato alto e lixo fazem parte do cotidiano da comunidade, que vive em uma área comercial, cheia de fachadas de empresas de pequena, média e até grande porte, como: concessionária de veículos (nacional e importados).
Na Avenida Raimundo Cantuária, uma camionete dos Serviço de Fiscalização de Postura em Ação, da SEMUSB (Secretaria Municipal de Serviços Básicos), foi flagrada ao local. Este é um dos motivos de revolta da comunidade, pois para eles a prefeitura de Porto Velho tem consciência da situação crítica da população, ou seja, se o veículo de fiscalização de postura está na área, administração petista tem conhecimento da precariedade do povo.
“O prejuízo não é só nosso que moramos em meio às dificuldades. Se todos, eu digo todos, dessa região exigisse um pouco do que temos direito, as coisas seriam bem diferentes”, disse o morador Israel, que há mais de 30 anos reside na Raimundo Cantuária.
De acordo com Israel, o vereador Marcelo Reis (PV) prometeu encaminhar a reivindicação da comunidade para a secretaria municipal responsável, no caso a SEMOB (Secretaria Municipal de Obras). Segundo os moradores, a via pública consta no mapa de Porto Velho (RO) como asfaltada, porém, a realidade é bem diferente (Fotos).
A comunidade promete interditar uma das principais via públicas de acesso a uma instituição de ensino superior que é instalada no bairro Mato Grosso, caso o poder municipal não faça o que é de sua obrigação o protesto será realizado.
A população vem manifestando da forma como pode para tentar chamar a atenção da prefeitura, o caso de falta de saneamento básico e infra-estrutura necessárias em muitas ruas acaba comprovando até mesmo dados publicados em uma reportagem na revista semanal VEJA, cujo título já serve categoricamente como um tapa na atual gestão petista: “Capitais Porcaria”. O texto coloca Porto Velho no cenário nacional como a capital mais porca do Brasil, com a cobertura de apenas 2% de esgoto sanitário, herança percentual de administrações anteriores ainda, no caso, dos ex-prefeitos José Guedes e Chiquilito Erse.