ABANDONO – Moradores de bairro da zona Leste são obrigados a viver com sujeira devido a falta de saneamento
Foto: Divulgação
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Buraco, lama, entulho. É com essa situação que os moradores da rua Eudoxia de Barros, no bairro Aponiã, convivem todos os dias. Convictos de que a prefeitura municipal de Porto Velho executasse os trabalhos de limpeza e encascalhamento, aqueles que ali residem por mais de 12 anos perderam a paciência com o chefe do executivo municipal e decidiram tomar uma atitude para os próximos dias.
O descaso é tanto que as águas pluviais impedem que os pedestres trafeguem pela rua sem pisar na lama, aumentando o risco de adquirirem enfermidades em razão da sujeira. De acordo com o morador Antônio Leite Feitosa, a situação só não é pior porque o presidente da Emdur, Mário Sergio Leiras Teixeira Chaves, providenciou reparos na iluminação pública. “Ele é o único secretário que nos atende”.
Segundo o morador Luiz Paulo da Silva, a problemática poderia ser resolvida com bom senso e vontade por parte da prefeitura. “Ninguém está pedindo favor, somos contribuintes e temos direito de morar num lugar que ofereça condições dignas de limpeza. Eu e outros moradores já solicitamos junto à secretaria responsável providências para o local, porém o pedido nunca foi atendido”, esclareceu.
Ainda segundo o morador, existia uma perspectiva de asfaltamento para este ano, conforme informou, por meio do telefone (69) 3901-3127, a engenheira da Secretaria Municipal de Projetos e Obras Especiais – SEMPRE. “No dia 15 de setembro de 2010, entrei em contato com ela, que me disse que o processo para asfaltar a Eudóxia de Barros estava em fase de conclusão, restando apenas a aprovação da Caixa Econômica Federal para que a verba do PAC 1 fosse liberada. Hoje voltei a ligar, e a esperança do asfalto foi prorrogada para fevereiro de 2011”.
A situação dos moradores do bairro Aponiã é semelhante a dezenas de outros bairros da cidade, que sofrem com a falta de acabamento das obras da prefeitura, ou mesmo com a não conclusão delas. No bairro Castanheira, por exemplo, o asfalto recentemente colocado nas ruas não veio acompanhado de meio fio, o que pode gerar infiltrações no pavimento e o consequente aparecimento de buracos. Mais descaso com o dinheiro público. Sem contar com a novela da avenida Caúla, ainda não concluída, e a situação semelhante da obra de duplicação da avenida Guaporé, na zona leste, que até hoje não saiu do papel.
Para denunciar situações semelhantes de descuido com a aplicação dos recursos públicos, a população de Porto Velho pode procurar a Promotoria de Defesa da Cidadania do Ministério Público ou recorrer ao próprio gabinete do prefeito, na rua Dom Pedro II, em frente à Catedral.
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