Metade da população adulta sofre de problemas na tiróide. As mulheres são as maiores vítimas desses problemas, segundo informou o endocrinologista Jean Souza, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que palestrou sobre o assunto no último final de sem
Foto: Divulgação
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foto - Médico e professor Jean Souza (de óculos) com médicos e acadêmicos de medicina durante curso no CRM, no sábado
Metade da população adulta sofre de problemas na tiróide. As mulheres são as maiores vítimas desses problemas, segundo informou o endocrinologista Jean Souza, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que palestrou sobre o assunto no último final de semana (sexta e sábado), a médicos e acadêmicos de medicina de todo o Estado, durante mais um módulo do Curso de Educação Médica Continuada – realizados pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero).
A tireóide é uma glândula localizada na parte frontal do pescoço e produz os hormônios T3 (tiodotironina) e T4 (tiroxina) que atuam em todo o organismo humano, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo.
“Quando a tireóide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo). De maneira geral, quando a glândula está hiperfuncionante ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarréia, taquicardia, perda de peso etc, ao contrário, quando a glândula está hipofuncionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, intestino preso, ganho de peso, etc.”, explica Jean Souza.
Outro problema que acomete a glândula tireóide, se destacando como o mais comum, são os nódulos de tiróide que, dependendo da faixa etária, acomete de 20% a 50% da população adulta. “Então, se considerar pessoas de 50 anos, até metade dessas pessoas podem ter nódulos na tiróide”.
Entre o hipotireodismo e o hipertiroidismo, o primeiro é bastante freqüente, acometendo até 2% da população adulta, “que já é uma prevalência bem alta. E acomete principalmente as mulheres”. Apesar do mal que causa, o hipotireodismo, segundo Jean Souza, é uma doença de fácil diagnóstico, “basta a realização de um exame (TSH). O tratamento também é bastante fácil, basta a mulher repor o hormônio que está faltando no organismo”.
No caso do hipertiróidismo, que é o excesso de hormônio na tiróide, “felizmente não é tão comum, até porque ele é um pouco mais grave e mais complicado de se tratar”. O ideal, de acordo com o endocrinologista, é que a doença seja tratada precocemente. “O tratamento é eficaz e se a pessoa tratar precocemente vai ter uma boa resposta”.
Fatores e prevenções
Hoje em dia, como a Legislação Federal exige que se ponha iodo no sal, a quantidade de pessoas com nódulos de tiróide e com hipotiroidismo foi reduzida.
“Em termos de saúde pública, a medida principal realmente é o que já é feito pelo governo, que é a recomendação de se botar o iodo no sal e a pessoa procurar auxílio médico quando perceber algum sintoma dessa doença, que podem ser muito variados”.
Receptividade do tema
Sobre a receptividade dos médicos ao tema abordado no Curso de Educação Médica Continuada, Jean Souza, disse que os médicos de Rondônia participaram bastante e fizeram várias perguntas. “Esse é o principal objetivo desse curso, tirar dúvidas”.
Jean Souza parabenizou o Conselho Regional de Medicina de Rondônia pelo curso. Segundo ele, a iniciativa é importante porque concentra profissionais que atuam em regiões que com o grande número de pacientes. “Então há uma troca de experiência que é salutar à medicina. O CFM (Conselho Federal de Medicina) apóia os cursos de educação médica e os indica para médicos recém-formados e médicos mais antigos, até porque a medicina evolui sempre, então essa atualização é muito importante”, finalizou.
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