ARTIGO - Planalto não "se aperreia" com Rondônia - Professor Nazareno

ARTIGO - Planalto não "se aperreia" com Rondônia - Professor Nazareno*

ARTIGO - Planalto não

Foto: Divulgação

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Com um eleitorado pouco maior do que meio por cento do nacional, uma população inferior a um por cento da brasileira e um PIB com números também inexpressivos e quase nulos se comparados à realidade do país, o Estado de Rondônia, por causa do resultado das últimas eleições, bem que poderia ter deflagrado uma reunião nas bases petistas em Brasília. Com investimentos do PAC superiores a um bilhão e trezentos milhões de reais, construção das duas hidrelétricas, várias pontes, viadutos e obras de infra-estrutura na capital e algumas cidades do interior do Estado, o PT e sua candidata Dilma são surrados de forma avassaladora nas terras de Rondon.
 
Dono de um desempenho pífio nas urnas, o Partido dos Trabalhadores local tem muito pouco a oferecer às hostes nacionais. E pior é que a maioria dos eleitores rondonienses está "se achando" diante desta situação política ainda indefinida. "Não se pode xingar a mãe do crocodilo antes de atravessar o rio", ensina um velho provérbio africano. E é exatamente isto que muitos incautos daqui estão fazendo. Já há indícios de que uma das pontes sobre o Madeira já teve a sua construção devidamente cancelada. Os viadutos estão sendo construídos "a passos de tartaruga" e já correram boatos de que teriam servido de jazigo para o PT rondoniense. Cadê os 100 por cento de saneamento?
 
Um estalar de dedos das autoridades palacianas em Brasília e a transposição dos servidores públicos do Estado vai para o espaço. Neste momento delicado com indefinição política a nível nacional é preciso agir com muita cautela para não "dar com os burros n'água". Rondônia é um Estado pobre que ainda depende de muitas decisões tomadas no Distrito Federal. Dos 35 homens públicos daqui que ajudaremos a eleger nestas eleições poucos são filhos desta terra. Teriam interesse em realmente trabalhar pelo bem dos que aqui nasceram e dos que aqui pagam seus impostos? Não somos o Acre de Marina Silva. Nosso cacife ainda está na bizarrice e nos maus exemplos.
 
O interesse do Brasil pelo Estado de Rondônia é pouco ou nenhum. Apenas a energia que produziremos aqui com o desgaste do nosso meio ambiente é o que de fato está interessando para o restante do país. Fora isso, somos apenas uma gota de água no oceano nacional. De repente, alguma autoridade em Brasília pode questionar o porquê de tanto investimento num Estado que não deu qualquer retorno eleitoral. Ganhe Dilma ou Serra, o paranaense João Cahulla ou o tocantinense Confúcio Moura, Rondônia precisa resolver seus muitos e quase insolúveis problemas. O desafio é grande, todos sabemos disto. Não é hora, portanto, para disputas estéreis que apenas satisfazem egos.
 
Muitos setores da sociedade já tomaram partido. Muitos eleitores já decidiram quem apoiar e por isso, brasileiramente, todos apostam suas escassas fichas como se tudo fosse apenas um jogo onde há um ganhador e um perdedor. Governador e Presidente comandarão os nossos destinos pelos próximos quatro anos, é fato. Por isso precisamos cobrar deles as melhores propostas e não se vê até agora nada que possa mudar a cruel realidade em que vivemos. Nenhum dos candidatos disse como mudaria a sociedade investindo em educação pública de qualidade, por exemplo. O futuro governador deste Estado não sabe nem diz o que fazer para tornar Rondônia um nome importante para o Brasil. O futuro presidente do Brasil não sabe ou não quer dizer o que fazer para dar a Rondônia o destaque que ela merece. Estamos numa encruzilhada?
 
 
 
 
*Leciona em Porto Velho.
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