Por decisão de assembléia dos sindicatos, os servidores da Secretaria de Finanças de Rondônia (Sefin) paralisam suas atividades nesta quarta feira (14). O motivo da paralisação é um protesto por melhores condições de trabalho, falta de segurança nos postos fiscais fazendários e pela indefinição na investigação da morte do auditor fiscal Armando Dalart, então delegado de Ji-Paraná, que a quase dois anos foi assassinado covardemente por pistoleiros quando saia de sua casa para o local de trabalho?.
Embora tenha um retrato falado, até o momento a policia não tem nenhum suspeito do assassino ou do mandante da execução do auditor fiscal, e não se sabe as vias do andamento do inquérito. “Os servidores ficam preocupados e sob tensão, imaginando quem será a próxima vitima? “, declarou o representante dos auditores fiscais no Estado, Mauro Roberto (do Sindafisco).
Em relação à reivindicação por melhores condições de trabalho, Mauro Roberto revela que a mais de dois anos os sindicatos vêm junto à administração cobrando empenho e ação para melhorar a situação nos postos fiscais. ?Mas, até agora, só promessas e poucas realizações. E não é por falta de dinheiro, pois segundo os dados, a arrecadação do Estado vem crescendo mês a mês - o que possibilita o governo investir na estrutura de trabalho de seus servidores?, acrescentou Mauro Roberto.
O representa dos técnicos tributários, Joy Luiz Monteiro (do Sintec-RO), salienta que nas negociações, o governo se comprometeu em iniciar as obras nos postos fiscais de Vilhena e do Candeias do Jamari. ?O início estava programado para janeiro deste ano, mas até este momento não se tem conhecimento de processo licitatório?, informou Joy Monteiro.
SITUAÇÃO NOS POSTOS
PORTO VELHO - no posto fiscal em Porto Velho, localizado na entrada do bairro Nacional, próximo ao Parque Circuito, á noite os fiscais de plantão se trancam no prédio por risco de assalto e assassinato, tendo em vista a escuridão e criminalidade que impera no local. Nessas condições, os servidores ficam impossibilitados de realizar o trabalho à noite, e quem perde com isso é o Estado, pois é possível que muitas mercadorias passam de forma irregular sem as devidas ações fiscais de contenção a evasão de receita. A solução, segundo os sindicatos, seria a iluminação do local; um posto da PM próximo, ou um segurança de plantão.
CANDEIAS - Os servidores reclamam que o prédio do posto fiscal do Candeias localiza-se escondido atrás de uma passarela que foi recém construída, e encontra-se em péssimas condições para acomodar os funcionários plantonistas, e sem as mínimas condições para atender os usuários dos serviços prestados pela Sefin.
VILHENA - No posto fiscal de Vilhena, o prédio está precisando de uma ampla reforma há muito tempo. Na área externa, existem muitos buracos na via de trafego dos caminhões. Quando chove se acumula muita lama no local, e no verão a intensa poeira, além de causar transtornos aos caminhoneiros, compromete a saúde dos servidores.
ESCLARECIMENTO FINAL
Os sindicatos comunicam que esta manifestação de protesto, por meio de paralisação, não tem o objetivo de trazer transtornos aos usuários dos serviços fazendários, e sim, visa a melhoria da prestação de serviços aos contribuintes, advertindo os governantes que as classes sindicalizadas tem poder de mobilização para cobrar do Estado o cumprimento de suas obrigações, ora dar condições de trabalho para que os servidores cumpram suas funções, e o melhor tratamento aos contribuintes.