Porto Velho, capital de Rondônia é proporcionalmente a cidade brasileira que mais recebeu recursos federais, principalmente para as obras do PAC – Programa Aceleração do Crescimento. E não foi graças a suposta intervenção política do “companheiro” Roberto Sobrinho com o presidente Luis Inácio Lula da Silva. Qualquer cidadão rondoniense que tivesse no comando da capital neste período, receberia o mesmo “mimo” federal.
Explica-se. Os projetos para a construção das Usinas do Rio Madeira, maior obra de geração de energia do Brasil, considerada inclusive como questão de segurança nacional, é um planejamento antigo. As prospecções iniciaram ainda quando Valdir Raupp ainda era o governador. Chiquilito era o prefeito de Porto Velho. O planejamento iniciou naquele período, com estudos estratégicos e logísticos de longa duração.
Sabedores que a época da construção se iniciava, a partir de 2006, já no mandato do atual prefeito, iniciou o envio de dinheiro, através de projetos federais, essenciais para preparar a cidade para o “boom” populacional que se avizinhava. Ampliação da rede de esgotos e drenagem, ampliação de unidades habitacionais, aumento da rede pública de saúde e educação, recuperação de patrimônios históricos e assim por diante.
Em 2007 foram iniciadas as primeiras obras de porte com recurso federal. Entre elas a drenagem da zona Leste, projeto que foi alvo de golpe por parte da Uni Engenharia, a mesma que também “ganhou” a licitação da malfadada obra da avenida Vieira Caúla.
Estamos em 2010, quatro anos já se passaram desde o inicio da chegada da “dinheirama” e um relatório interno da Prefeitura de Porto Velho confirma tudo o que o Rondoniaovivo vem publicando ao longo da gestão atual. Obras paradas, atrasadas, com problemas de qualidade no serviço. Um verdadeiro atestado de incompetência.
O caos vivido pela população da capital com o inicio das obras das Usinas, que sente no seu dia a dia o aumento da frota de veículos e o estrangulamento do trânsito na capital, a bolha inflacionária que tomou conta do mercado imobiliário, a falta de uma rede de esgotos e drenagem que proporcione um combate mais eficaz contra a epidemia de dengue por que passa Porto Velho e outros transtornos já seriam amenizados se tivesse havido competência para executar os projetos liberados pelo Governo Federal.
Mas não conseguiram trabalhar dentro do prazo e hoje, a administração municipal aponta como tábua de salvação dos Portovelhenses, os recursos/dinheiro de compensação ambiental e social por parte dos consórcios que constroem as Usinas de Santo Antonio e Jirau. O que são os pouco mais de 60 milhões da parte que cabe a Jirau se comparado aos mais de 600 milhões de reais enviados pelo presidente Lula para os portovelhenses?
No intuito de levar a verdade para seus leitores, o Rondoniaovivo publica nesta quarta-feira (20) o relatório de obras que eram executadas pela Semob – Secretaria Municipal de Obras e foram repassadas em 2009 para a tutela da Sempre – Secretaria Municipal de Projetos Especiais. Nesta época, obras da Semusa – Secretaria Municipal de Saúde e Semed - Secretaria Municipal de Educação também foram entregues para a nova secretaria.
Da Semob foram 58 obras entregues para Israel Xavier, titular da pasta “especial” gerenciar e tentar tocar em frente. A maioria já foi objeto de reportagem deste informativo, seja por atraso, “lerdeza”, paralisação, erro de projeto ou pura e simples incompetência. O documento teve sua última atualização em outubro de 2009.
Todas as obras estão com o cronograma atrasado e mesmo com atrasos e problemas de qualidade, receberam aditivações nos contratos com o município.
O documento público municipal assusta pelos valores das obras e a comprovação “in-loco” da situação atual. Estarrece as informações contidas no campo de “observações” e desilude pela dolorida comprovação que existe sério problema de gestão por parte dos companheiros petistas e aliados.
Por fim, este documento desmonta o discurso publicitário produzidos em caríssimos filmes de até 3 minutos de duração ( Você sabia que só na capital de Rondônia é usada esta técnica cinematográfica de “longa” duração de publicidade e o valor gasto é o mesmo arrecadado com o IPTU?), onde se mostra uma fantasia que não condiz com a realidade de quem mora em Porto Velho.
Rogamos aos fiscais diligentes da lei que trabalhem a favor do povo desta capital. Paciência tem limite!
VEJA ABAIXO DOCUMENTO ANEXO DA PREFEITURA DE PORTO VELHO