MUTUM-PARANÁ – Moradores pedem proposta documental a respeito das obras de compensação do Consórcio Energia Sustentável - Veja vídeo

Cerca de 400 famílias que habitam o pequeno distrito de Mutum-Paraná, localizado a 160 km de Porto Velho (RO), está querendo obter esclarecimentos com as propostas verbais do Consórcio Energia Sustentável, pois para eles, o consórcio não está sabendo resp

MUTUM-PARANÁ – Moradores pedem proposta documental a respeito das obras de compensação do Consórcio Energia Sustentável - Veja vídeo

Foto: Divulgação

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Cerca de 400 famílias que habitam o pequeno distrito de Mutum-Paraná, localizado a 160 km de Porto Velho (RO), está querendo obter esclarecimentos com as propostas verbais do Consórcio Energia Sustentável, pois para eles, o consórcio não está sabendo respeitar a individualidade de cada proprietário da comunidade, ou seja, muitos moradores tem mais de um imóvel e exigem perante a Justiça as mesmas condições de vida que o distrito lhes oferece.
“Estão nos tirando de uma área que não é pobre, temos todos os recursos naturais de auto-sustentabilidade para que todos possam se alimentar. Querem nos colocar em uma área que servia de pasto e nos prometeram de modo verbal, um ano de cesta alimentação. A Justiça tem que analisar este caso de forma justa. Não queremos ser enganados”, disse o morador Elivaldo Alves de Brito.
Diante desta situação os moradores procuraram o vereador Jurandir Bengala (PT) para que solucionasse o problema que a comunidade está passando. De acordo com o morador Elivaldo Alves de Brito, uma audiência pública foi marcada para o dia 28 de novembro, onde participariam Ministério Público Estadual, Prefeitura de Porto Velho, Consórcio Energia Sustentável a comunidade de Mutum-Paraná e o vereador Bengala.
Porém a audiência pública acabou não ocorrendo e o vereador Bengala disse para Elivaldo Brito que o máximo que ele poderia fazer era uma sessão itinerante da Câmara Municipal de Porto Velho no distrito de Mutum-Paraná para discutir os problemas que mais afligem a comunidade. Mesmo assim os moradores, junto com a Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembléia Legislativa de Rondônia, fizeram uma reunião e gravou um vídeo com os moradores, onde demonstraram seu descontentamento com a proposta do Consórcio.
Ainda em busca de mais esclarecimentos os moradores foram até o Ministério Público Estadual, na Promotoria de Justiça da Cidadania, no dia 01 de dezembro de 2009 e relataram as dúvidas sobre a retirada dos moradores da área ao Promotor de Justiça Substituto, André Luiz Rocha de Almeida, que deliberou junto aos moradores Tânia Vieira Leite, representante do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), José de Oliveira Paes e Elivaldo Alves de Brito que eles elaborassem um relatório contendo a relação das famílias que estão sendo supostamente lesadas pelo empreendimento, pois assim, segundo o promotor, isto será um instrumento necessário para marcar uma reunião com os representantes do Consórcio Energia Sustentável, responsável pela construção do Distrito de Nova Mutum.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Energia Sustentável que informou que não tinha conhecimento do caso, mas em breve irá responder por meio de uma nota a comunidade de Mutum-Paraná sobre os questionamentos da mudança de moradia.
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