Com medo do desemprego, companheirada pressiona Roberto a não disputar governo
Foto: Divulgação
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Não disputa
Roberto Sobrinho vai ficar fora da disputa ao governo do Estado em 2010. Na sexta-feira passada, o prefeito de Porto Velho convocou uma reunião com a companheirada e foi veementemente aconselhado a não entrar na disputa. Só Roberto não consegue enxergar que ele não tem projeção estadual para uma disputa desse porte. Apesar disso, sua vaidade fala mais alto e ele ainda tenta forçar a barra.
Definição
Esta semana o PT deverá reunir a senadora Fátima Cleide, o deputado federal Eduardo Valverde e o prefeito Roberto Sobrinho para tentar colocar umponto final nessa história e definir de uma vez por todas quem será o candidato da legenda em 2010 ao governo. A preferência da companheirada ainda é a senadora e dificilmente Valverde conseguirá convencer os petistas do contrário. Fátima já tem experiência de uma disputa em 2006, além de estar com a popularidade em alta, graças a aprovação da PEC da Transposição. Ela e Expedito Júnior foram os que mais lucraram politicamente com a matéria. Já Valverde...
Queimou
A alteração proposta pelo deputado durante a votação da PEC gerou uma confusão que terminou por fritar seu nome para uma eventual disputa ao governo. Valverde vai ter que explicar muito essa lambança para convencer até mesmo seus eleitores. Em relação ao prefeito de Porto Velho, o principal empecilho que o PT vê em seu nome é o fato do PT ter que entregar a prefeitura da Capital para o PMDB. Eles temem que no período em que Emerson Castro ficar a frente da administração, possa fazer muito mais que os dois mandatos de Sobrinho. Sem contar que a turma também tem medo de inciar o ano desempregada, já que para poder administrar com competência, o vice-prefeito Emerson Castro vai fazer o “limpa” nos quadros da prefeitura.
Encrenca
Mirian Saldaña, a chefe de gabinete que pensa ser ministra é quem mais fomenta discórdia na prefeitura. Ela tenta de todas as formas barrar o trabalho do vice-prefeito, Emerson Castro (PMDB), assim como sabota a divulgação das ações de Castro. A prova maior disso é que Castro não sai sequer nas fotos enviadas pela assessoria da prefeitura aos jornais. As imagens são manipuladas e o vice-prefeito é “person non grata” no site da municipalidade.
Suspeita
Uma coisa que vem intrigando tanto quem faz parte da administração de Roberto quanto quem está de fora é a manutenção de Mirian Saldaña na chefia de gabinete da prefeitura.Com complexo de Dilma Roussef, Mirian anda dsitribuindo antipatia por onde passa. Vereadores, secretários e até a primeira-dama já andaram pedindo a cabeça de Saldaña, mas Roberto é irredutível. Comenta-se nos corredores que o fato de Mirian ser economista é o que garante seu emprego. Ela seria a responsável pelas “finanças” do prefeito.
Vôo misterioso
Perguntei ao senador Valdir Raup se foi ele quem teria conseguido um avião para o secretário de Turismo de Porto Velho, José Gadelha (PT) viajar a Guajará Mirim para fazer campanha com vistas ao Processo de Eleição Direta do PT (PED). Raupp negou. O senador disse: “Nem sabia que o Gadelha era candidato”. Então tá. Até hoje Gadelha não explicou a companheirada de onde saiu o avião que o levou a Guajará Mirim.
Namoro
Definido o pré-candidato o PMDB passa agora a assediar o PT para tentar convencer a companheirada a compor como vice uma chapa, encabeçada por Confúcio Moura. O senador Valdir Raupp é quem está a frente dessa paquera. Raupp declarou que ficaria “muito satisfeito se o PT viesse como vice”. Missão difícil essa, viu senador. Muita vaidade em jogo.
Cochicho
Juntos em Ji-Paraná durante o encontro do PMDB estavam os deputados estaduais Marcos Donadon, Euclides Maciel e Amaury. O trio conversava baixinho em um canto. O tema provavelmente era a possível cassação do governador Ivo Cassol, que será julgado amanhã no TSE.
Dia “D”
Tudo indica que amanhã (17) terá início o inferno astral do governador Ivo Cassol. Na pauta do TSE está confirmado o julgamento da ação que pode tirar o mandato do italiano e de seu vice, João Cahúla. Caso Ivo seja cassado, começa a briga pela sucessão,que será de responsabilidade da Assembléia Legislativa.
O combinado
A princípio está acertado da seguinte forma: Cassol sai, a Assembléia indica Neodi que vira governador. Miguel Sena fica na presidência da Casa e Brito do Incra (Cletho Muniz Brito, secretário de Meio Ambiente) assume a vaga aberta na ALE. Neodi mantêm os compromissos de Cassol e os deputados dividem algumas secretarias. No combinado, tudo certo, só que esqueceram das trairagens.
Porque
Com Cassol fora do governo e sem mandato, a Assembléia pode fazer o que bem entender e passar uma rasteira no italiano, deixando-o a ver navios. O único empecilho a essa possibilidade é o medo que alguns parlamentares têm da veia cinematográfica do governador. Ivo já mostrou que sabe usar câmeras ocultas. O medo é a grande garantia de Cassol, porque fora isso, nada segura a Assembléia.
Na mídia
O empresário paranaense e senador por Rondônia Acir Marcos Gurgacz é manchete desta segunda-feira no jornal O Estadão de São Paulo. Com o título “TCU vê fraude em fundação de Acir Gurgacz”, o jornal fala sobre o desvio de R$ 1 milhão por sua fundação que deveriam ter sido utilizados na implantação de telecentros digitais, sendo quatro móveis e um fixo. Para os telecentros móveis, a fundação de Gurgacz comprou os ônibus da empresa de sua família usando como laranja um motorista aposentado. Esse é o senador “ficha limpa” do PDT. Se Brizola fosse vivo, Acir nunca seria filiado a legenda.
A fraude
Em 2005, a Fundação Assis Gurgacz (pai de Acir) recebeu R$ 1,6 milhão do Ministério das Comunicações para implantar cinco telecentros comunitários, sendo quatro móveis (ônibus com computadores) e um fixo. A investigação do TCU apontou que a fundação direcionou a licitação para uma cooperativa de saneamento básico, de Mato Grosso, vender os ônibus do projeto por R$ 1 milhão. Na época da concorrência, agosto de 2005, os ônibus estavam em nome de João de Abreu Netto, motorista aposentado da Eucatur, do grupo Gurgacz. Segundo o TCU, o nome e a assinatura de Netto "foram criminosamente utilizados para distanciar a propriedade do veículo do nome de uma das empresas". Em declaração registrada em cartório, o aposentado diz nunca ter sido dono de ônibus. Cinco cheques, no total de R$ 463 mil, nominais à Coperserv, que venceu a licitação, foram sacados por uma diretora da Fundação Assis Gurgacz, diz o documento do TCU: "Caracterizando a simulação da operação." Além de questionarem a atividade da cooperativa, que nada tem a ver com venda de ônibus, auditores identificaram que os veículos, comprados para o projeto de inclusão digital, foram destinados a interesses particulares da faculdade da família Gurgacz no Paraná.
Sinjur
A Justiça decidiu manter Israel Borges à frente do Sinjur. Decisão proferida nesta segunda-feira pelo juiz Ilisir Bueno, da 7ª Vara, manteve o presidente do sindicato dos servidores da Justiça. A chapa adversária havia recorrido da reeleição de Borges alegando que ele estaria ferindo o estatuto da entidade ficando por três mandados consecutivos. Borges havia assumido a presidência por 78 dias antes de se eleger pela primeira vez. Elegeu-se no primeiro triênio e reelegeu-se no atual, que encerra em 2011. Os adversários entendiam que os 78 dias valiam como mandado. O próprio Israel explica essa história amanhã, no programa Painel Político, no canal 38 a partir do meio-dia e meio.
Grampeando
A Polícia Federal está se preparando para dar um salto tecnológico. Começam a operar em dezembro “aeronaves-espiãs”, não tripuladas, para monitorar fronteiras e o tráfico de drogas em favelas. Segundo a PF, os novos aviões são fabricados pela empresa israelense IAI e 15 aeronaves custaram aproximadamente R$ 345 milhões. Além disso, a PF está criando, com o apoio do Conselho Nacional de Justiça, o “supergrampo”, um dispositivo capaz de monitorar conversas telefônicas sem a intermediação das operadoras de telefonia. Segundo a Folha (para assinantes), para realizar escutas atualmente, a PF é obrigada a contar com funcionários e equipamentos das empresas de telefonia, um sistema considerado “passivo”, pois apenas grava ligações a partir de canais que as operadoras criam em cumprimento a decisões judiciais. O que a PF quer é evitar vazamentos de investigações e as escutas ilegais, principalmente por meio da falsificação de mandados judiciais.
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