Comerciantes e moradores de Mutum-Paraná criticam mudança e destacam sítio arqueológico da região – Confira vídeo

O distrito de Mutum-Paraná, localizado a 160 quilômetros de Porto Velho, vem vivendo momentos de transformação e expectativa, envolvendo toda comunidade no que diz respeito principalmente a transferência de moradores para outra localidade, por conta da hi

Comerciantes e moradores de Mutum-Paraná criticam mudança e destacam sítio arqueológico da região – Confira vídeo

Foto: Divulgação

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O distrito de Mutum-Paraná, localizado a 160 quilômetros de Porto Velho, vem vivendo momentos de transformação e expectativa, envolvendo toda comunidade no que diz respeito principalmente a transferência de moradores para outra localidade, por conta da hidrelétrica de Jirau, que alagará parcialmente o local.
 
Pequenos comerciantes e alguns moradores, no entanto, não concordam com a mudança que deve ocorrer em breve. Em uma reunião com o Prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, realizada no dia 25 de junho deste ano, foi definido como primeira opção a transferência para uma vila nova que está sendo construída próxima do canteiro de obras de Jirau, que fica a 15 quilômetros de Jacy-Paraná e a 60 quilômetros de Mutum-Paraná. Outra opção seria a indenização para os moradores que não quiserem morar na vila – sendo cada caso avaliado.
 
Porém moradores mais antigos, que cultivam raízes ribeirinhas e que criaram culturas nativas na região o problema é maior, pois muitos não querem sair para se mudar para uma área semi-urbana.
 
A prefeitura municipal apontou que os ribeirinhos de Mutum devem ser transferidos para uma zona rural especificamente para manter a cultura nativa. Alguns comerciantes, no entanto, dizem ser contrários à proposta do consórcio e da Prefeitura no que diz respeito a essa compensação.
 
Um pequeno empresário da localidade, Rovaldo Herculino Batista, disse à reportagem do Rondoniaovivo.com que desde as reuniões realizadas pelo Prefeito, uma no mês de junho e outra em julho, até o momento nenhuma providência foi tomada pela administração. “Não existe preocupação da prefeitura com os empresários da região, que trabalham há anos ali. O benefício é só para os empresários de fora e gente que constitui família, monta o seu negócio aqui e cria raízes, não recebe assistência nenhuma do poder público”, disse o empresário insatisfeito.
 
Ele cita o consórcio responsável pela construção no fato dela não priorizar investimentos aos micro-empresários da região, preferindo assim, segundo ele, trazer gente de fora.
 
No último dia 31 de outubro famílias ribeirinhas de outras localidades, como Joana Darc, já haviam denunciando junto ao MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), de que eles, os ribeirinhos, estavam tendo que pagar para serem desalojados, pois o valor da indenização não correspondia a realidade. Segundo apuração do MAB, cada moradia custa cerca de R$ 65 mil, um custo maior do que o valor recebido.
 
MURALHA DA SERRA
 
Rovaldo disse que pelo fato da região ser um sítio arqueológico de inestimável valor, expedições já passaram em Mutum em busca de artefatos e desenhos rupestres que ficam disponibilizados por toda aquela área. Uma das mais recentes ocorreu em 2005, quando a Equipe Zigurats Brasil, que era formada por pesquisadores e arqueólogo, passou pela região em busca de uma antiga civilização que habitou ali.
 
“Contam os historiadores, e isso é fato real, que o povo Inca andou por aqui e deixou registros em cavernas e artefatos espalhados pela região. A lenda que traz por conta disso é sobre o mais importante símbolo que todos os pesquisadores buscam que é a Muralha da Serra, uma fonte de riqueza inestimável”, conta o empresário.
 
Consta que numa vistoria realizada no canteiro de obras de Jirau, integrada pelo prefeito Roberto Sobrinho, alguns vereadores e deputados federais no início de outubro, o presidente do consórcio da Santo Antônio Energia S/A, Victor Paranhos, mencionou para todos, inclusive imprensa, de que havia encontrados muitos artefatos rupestres no canteiroe que esse material já teria sido repassado ao Ipham (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), confirmado pela Dra. (PHD) Érika Gonzales, pesquisadora e coordenadora de arqueologia que presta consultoria ao Instituto em São Paulo, onde as peças foram registradas.
 
Direito ao esquecimento

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