Um clima de indignação paira na Ponta do Abunã, região que compreende as vilas de Extrema, Nova Califórnia, Vista Alegre e Fortaleza do Abunã, distritos de Porto Velho que lutam pela emancipação política e que foram surpreendidos por decisão judicial que suspendeu o plebiscito marcado para oito de novembro.
Na terça-feira (13), o ministro Fernando Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou a imediata suspensão dos efeitos da Resolução do TRE de Rondônia (Res. TRE-RO n. 24, de 29 de setembro de 2009) que fixou as regras e a data para realização da consulta plebiscitária na região da Ponta do Abunã (distritos de Extrema, Nova Califórnia, Vista Alegre do Abunã e Fortaleza do Abunã).
A liminar foi proferida porque o Ministério Público Eleitoral impetrou mandado de segurança contra a decisão do Tribunal Regional. Argumentou que a consulta não poderia ser realizada somente nos distritos que estão buscando a emancipação, mas sim contemplando todos os eleitores do município de Porto Velho.
Partidários do “Sim” que estão em plena campanha pela emancipação afirmam que a situação tem o “dedo” da prefeitura de Porto Velho, que recentemente promoveu uma caravana pelos distritos, anunciando dezenas de “novas” obras.
“Eles fizeram a caravana do Não” afirmam “formiguinhas” que trafegam pelas ruas e estradas vicinais da região, anunciando a data do plebiscito e pedindo votos pelo Sim.
CISÃO
Na vila de Vista Alegre do Abunã, uma boa parte da comunidade é contra a sede do novo município ser na vizinha Extrema. Um frentista de um posto de gasolina na vila disse que o pessoal de Extrema “se acha”, afirmando ele ser contra a emancipação da região. O irmão do deputado estadual Edson Martins (Lebrão), residente na vila também seria um dos partidários da sede não ser em Extrema.