A entrevista da secretária e o deputado sem palavra
Foto: Divulgação
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Embromação
Ontem, em entrevista a um programa de TV, a secretária municipal de transporte e trânsito do município Fernanda Moreira deu um show. Ela mostrou que realmente não sabe nada de trânsito. Ela usou chavões como “projeto de impacto no trânsito”, “novo jeito de administrar”, “o serviço público não é tão rápido” e por aí foi. Mas não deu nem uma resposta convincente para os problemas da cidade. Também não respondeu com clareza a nenhum questionamento dos telespectadores.
Relações perigosas
Fernanda Moreira foi indicada para o cargo pelo Sindicato das Empresas de Transporte, o famigerado SET. A afirmação não é minha e sim de alguns vereadores, como o presidente da Câmara Hermínio Coelho. Fernanda está no cargo para atender os interesses do SET e não da população. Prova maior é o total descaso da secretária com a fiscalização do setor.
Compensações
A secretária falou sobre as compensações que o município vem recebendo, tanto por parte do consórcio que constrói as usinas do Madeira, quanto pelo shopping e construtoras. Em relação ao shopping, a secretária disse que “toda a obra de tráfego ao redor do shopping foi feito por eles como forma de compensação”. Até aí tudo bem, mas e a contrapartida da prefeitura? Não foi feito nada. As ruas do conjunto 22 de Dezembro estão intransitáveis. Sobre o pedido de redutores de velocidade na Jatuarana, a secretária disse que “se forem colocados os redutores, de nada vai adiantar porque não vai dimunuir o fluxo de veículos”. Mas quem pediu para diminuir fluxo cara-pálida? Pediram para que reduzissem a velocidade.
R$ 5 milhões
É o valor destinado pelo consórcio das usinas para a sinalização do trânsito de Porto Velho. Mas, como gastar esse valor todo em sinalização? Quem vai saber se realmente foi utilizado todo esse recurso, já que é o consórcio que gerencia isso? Falando nisso, quem sabe onde andam as obras de compensação? Vou enumerar as que eu conheço: a reforma da escola Joaquim Vicente Rondon, R$ 2,5 milhões; a ciclovia da estrada do Santo Antônio, R$ 900 mil; curso de pilotos de voadeiras e um abatedouro de jacarés a 130 km de Porto Velho, que vai gerar 23 empregos ao custo de R$ 164 mil.
Sem palavra
Se o deputado estadual Valter Araújo fizer algum compromisso com você, pode esperar sentado. Ele não vai e sequer telefona ou atende o telefone para dar uma satisfação. A produção do programa Painel Político marcou por duas vezes com o parlamentar uma entrevista e nas duas ocasiões ele garantiu que iria. Ou seja, entre a garantia dele e um monte de nada é melhor o monte de nada. Pelo menos você fica com o monte.
Perdendo força
A eleição do vereador Eduardo para a presidência da Câmara de Porto Velho foi, a princípio, um duro golpe para Roberto Sobrinho. Apesar de atualmente ser o vice-presidente, o vereador compõe um grupo que não fala a mesma língua do Executivo. Pode ser, eu disse, pode, que agora comece um trabalho mais sério em relação ao acompanhamento das ações da prefeitura, que até agora viaja em um céu de brigadeiro.
De novo
O ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon anunciou que é pré-candidato ao governo. Essa é a terceira vez que ele faz isso. Filiado ao nanico PHS, Melki tenta valorizar seu passe para 2010. Ele optou por essa saída porque queria ser candidato ao senado pelo PSDB. Teve suas intenções barradas e correu para o PHS.
E a PEC?
De novo a PEC da Transposição volta à baila. Os interessados achavam que a novela tinha acabado,mas pelo visto ela está apenas começando. Ocorre que, até 1988, ano em que foi promulgada a Constituição, podia ingressar no serviço público de qualquer jeito, por indicação de amigo, por contrato temporário, etc. Após a CF, isso foi proibido, só se ingressa no serviço público através de concurso. Pois bem, quem foi contratado até 31 de dezembro de 1987, pelo texto aprovado, pode fazer a transposição. Quem foi contratado a partir desta data está fora. Vai até poder questionar judicialmente, mas já adianto que nesse caso, não vai colar, é inconstitucional.
Tela quente
No judiciário rondoniense corre uma ação movida por Paulo Arruda contra Carlos Levy e Jurandir Costa, realizadores do FestCineAmazônia. Segundo Arruda, ele foi o idealizador da marca Cineamazônia (antigo nome do festival) e do troféu Mapinguari, prêmio entregue aos vencedores. Paulo Arruda alega que era sócio de Levy e Costa e que ambos o excluíram da sociedade sem lhe pagar nada e ainda continuam usando tanto o nome como o trófeu para o festival. De outro lado, Levy e Costa alegam que Arruda era apenas um funcionário contratado. Na manhã desta quarta-feira teve uma audiência na 7ª Vara Cível.
Mais dinheiro
O governo vai capitalizar a Caixa Econômica Federal em R$ 6 bilhões, para que o banco consiga manter o ritmo agressivo de empréstimos em 2010 e 2011. A liberação do dinheiro está prevista em uma Medida Provisória, que deve ser publicada hoje no Diário Oficial, de acordo com o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP). Ele afirma que a capitalização é necessária por causa do aumento da demanda por crédito, especialmente o imobiliário, oferecido pelo programa federal “Minha Casa, Minha Vida”. Mas os recursos também serão usados em outros segmentos, como financiamento de carros e para empresas.
Com terra e sem renda
Uma pesquisa feita pelo Ibope, por encomenda da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), mostra que 72,3% das famílias de sem-terra assentadas não conseguem gerar nenhum tipo de renda com a produção de seus lotes. Desse grupo, 37% não produzem nada; 10,7% não conseguem o suficiente para garantir o próprio abastecimento e 24,6% produzem apenas o que serve para se alimentar. O conjunto dos que alimentam a família e vendem o excedente, gerando renda, é de 27,7%. O resultado da pesquisa, que abrangeu mil famílias, em nove Estados, “expõe a necessidade de reformular a Reforma Agrária”, diz a senadora Kátia Abreu (DEM-TO). O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Incra repudiaram o levantamento. Para o MST, ela é “ridícula e arbitrária”. Em nota, o movimento afirmou que nove assentamentos não refletem a situação geral e lembrou que a CNA representa grandes proprietários. O Incra acusou a CNA de direcionar o resultado.
Em todo caso
Vale uma investigação mais apurada nessa questão. No interior de Rondônia, por exemplo, a tal Liga dos Camponeses Pobres – LCP – vem sendo sistematicamente acusada pela polícia de promover terrorismo no campo. A LCP é uma dissidência do Movimento Camponês de Corumbiara – MCC – que reúne famílias sobreviventes do massacre. E não é muito difícil saber se os assentamentos geram renda. Para isso, basta visitar essas comunidades e ver as condições em que vivem os ex sem-terras.
Na TV
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