Painel Político- (Valdir Raupp pode ficar fora do Senado em 2010) – Alan Alex

Desespero

Valdir Raupp está sentindo a pressão. Reelerge-se em 2010 não será tão simples como ele havia calculado. Os adversários são outros, mais fortes, mais bem articulados. O senador vem correndo atrás do prejuízo com investimento pesado em televisão. Na TV Candelária estreou um programa no último sábado apresentado por ele mesmo, chamado “A Palavra do Senador”. O programete, com cerca de 10 minutos, serve apenas para promoção pessoal. Raupp também vem pressionando partidos nanicos para que os mesmos se coliguem com o PMDB no próximo pleito. Esse estilo de “tenho mandato e quem manda sou eu” está ficando ultrapassado e o senador pode perder importantes aliados na corrida.

Já ganhou

Outro que também corre um grande risco de cair do cavalo e Ivo Cassol. Por mais que a popularidade do italiano esteja em alta, vale a pena lembrar que o eleitor rondoniense tem um perfil, digamos assim, exótico. Rondõnia quase elegeu Silvana Davis para o senador quando disputavam a vaga pesos-pesados como Amir Lando e Odacir Soares. Portanto esse clima de “já ganhou” pode deixar passar pontos importantes na campanha.

No senado

Eduardo Valverde poderá ser o candidato do Partido dos Trabalhadores ao Senado. Essa seria a condição dele para deixar de lado a pretensão de concorrer ao Governo do Estado, deixando o caminho desimpedido para Fátima Cleide. A insistência dele em concorrer ao Palácio não vai impedir o grupo de Fátima, mas atrapalha um bocado o processo. Com Valverde na disputa, o PT se fortalece e diminuem ainda mais as chances de Raupp, que vem tentando convencer o PT a não lançar candidato ao senado e apoiá-lo na corrida.

Dobradinha

Quanto a possibilidade de Ivo Cassol caminhar com Valdir Raupp em uma dobradinha, isso já foi dito aqui nesta coluna. Essa é uma possibilidade real.

Correndo por fora

Outro que também está cotado para concorrer ao Senado é o prefeito de Ji-Paraná, José de Abreu Bianco, que já foi senador e governador. Bianco está se fazendo de “gato morto” e pode desequilibrar ainda mais essa disputa.

Portanto

Nada está realmente definido como muitos andam dizendo por aí. Muito pelo contrário, a situação se complica a cada dia. Quer saber de outra disputa que também está pegando fogo? É a de deputado estadual.

Motivos

São 24 vagas e muitos pesos-pesados estão no páreo. Para se ter uma idéia, o PSDB vem com Alexandre Brito, Miguel Sena, Mileni Mota, Euclides Maciel, Delegado Carlão. Temos ainda os outros 21 deputados que tentam reeleição e aquelas lideranças que vem do interior sem mandar recado. Um dos nomes fortes do PT nessa eleição será o do Padre Tom, prefeito de Alto Alegre dos Parecis. Para se ter uma idéia, ele conta com mais de 90% de aprovação por parte dos moradores de seu município. Isso sim, é popularidade. Outro que também está de olho na Assembléia é Melki Donadon, ex-prefeito de Vilhena.

Falando nisso

Dificilmente Melki Donadon poderá ser vice na chapa de Expedito Júnior. Isso é um erro estratégico infantil. O vice de Júnior deverá vir ou da região central do Estado ou da Capital. E não se enganem com a candidatura de João “Antonov” Cahúla, o governador vem dando sinais que desistiu desse vôo.

Frase

"Sobre o Cássio (Cunha Lima, governador da Paraíba cassado pelo TSE) e o Expedito, não temos a menor dúvida. Não cabia a cassação em nenhum dos casos. Os dois são eleitíssimos". A frase é do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra (PE), à Folha de São Paulo sobre a cassação de Júnior e Cunha Lima por suposta compra de votos.

Infidelidade

O Partido Verde está estudando a possibilidade de requerer o mandato de Miguel Sena na Justiça Eleitoral. O parlamentar tucanou e deixou os verdinhos, verdes de raiva.

Pai da criança

Carlinhos Camurça disse em entrevista ao programa Painel Político que foi ele quem construiu a maternidade municipal e que não fez mais devido a falta de recursos. Camurça também fez um desabafo e acusou o atual administrador de Porto Velho, Roberto Sobrinho de perseguição. A entrevista foi ao ar nesta segunda-feira e será reprisada nesta terça, às 7 e meia. Vale a pena conferir.

Exonerado

O prefeito de Vilhena exonerou na tarde desta segunda-feira o secretário municipal de Esporte e Cultura, Dirceu Hoffman. Informações do Cone Sul dizem que o secretário não atuou conforme o esperado. Se essa moda por aqui, teríamos que exonerar todos da prefeitura, a começar pelo prefeito, é claro.

Dominó

Pelo menos dois dos 17 membros do Tribunal de Justiça de Rondônia já firmaram suspeição para atuar como relator em processo relacionado a inquérito policial criminal onde constam como indiciados pelo Ministério Público de Rondônia o desembargador afastado Sebastião Teixeira Chaves, o juiz titular da 5ª Vara Cível da Comarca de Porto Velho, José Jorge Ribeiro da Luz, e o ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon – todos relacionados como réus. Embora envolva magistrados, o processo não tramita em segredo de justiça, mas, no sistema de acompanhamento processual, não são fornecidos detalhes sobre o objeto da investigação. O desembargador Sebastião Teixeira Chaves e o juiz José Jorge Ribeiro da Luz foram presos durante a Operação Dominó da Polícia Federal acusados de envolvimento com uma suposta quadrilha que, segundo a PF, seria comandada, na época, pelo então presidente da Assembléia egislativa de Rondônia, José Carlos de Oliveira, o Carlão de Oliveira, também preso na ocasião. Melki Donadon é irmão do deputado estadual Marcos Donadon e do deputado federal Natan Donadon , ambos do PMDB. Segundo interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, Marcos Donadon teria se beneficiado por decisões judiciais previamente combinadas com o Tribunal de Justiça do Estado. Natan Donadon, por sua vez, está condenado à prisão, mas mesmo assim continua exercendo o mandato de deputado federal. Meki Donadon responde a vários processos no TJ. As informações são do Rondoniajurídico.

Índio quer mandato

“Não podemos ficar na vitrine para gringo ver.” Esse parece ser o lema dos índios brasileiros que estão se organizando para aumentar sua representação política nas próximas eleições. Divididos entre 220 etnias e 180 línguas, eles somam mais de 700 mil, dos quais 150 mil eleitores. O plano é eleger pelo menos cinco deputados federais, ter bancada forte nas assembleias legislativas nos 19 Estados onde são mais organizados e, assim, deixar de depender tanto da Fundação Nacional do Índio (Funai) e das igrejas na hora de defender suas bandeiras. Caciques estão recrutando em suas regiões os principais puxadores de votos, reconhecidos pela facilidade de articulação, para concorrer às assembleias. Rondônia, Roraima e Bahia já têm seus candidatos. Os três devem sair pelo PV, o partido preferido. Mas a ordem é avaliar bem em qual legenda as chances de vitória são maiores.

Perigo dentro da empresa

Fraudes cometidas por funcionários contra empresas são cada vez mais comuns no mundo corporativo. Uma pesquisa feita pela consultoria KPMG, divulgada pelo jornal  Valor Econômico, mostra que quase 70% das empresas de grande porte entrevistadas já registraram algum tipo de fraude – e em 61% dos casos o crime foi cometido pelo próprio empregado. Em um dos exemplos citados pela reportagem, uma quadrilha formada por todos os funcionários de um escritório conseguiu desviar R$ 1 milhão com compras fictícias – como a aquisição quinzenal de 400 cartuchos de tinta para apenas oito impressoras – e superfaturamento. O caso virou alvo de inquérito policial

Dinheiro na praça

A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira que vai ampliar em R$ 20 bilhões o crédito oferecido para pequenas e micro empresas. Os recursos poderão ser utilizados em linhas de capital de giro e antecipação de receitas até o final de dezembro deste ano.

Na TV

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