SAÚDE - O retrato da incompetência petista – Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Policlínicas sem medicamentos, postos de saúde caindo aos pedaços, pessoas deitadas no chão, enquanto outras aguardam uma maldita ficha, desde as primeiras horas da madrugada, além de profissionais mal remunerados. Esse é o resumo do quadro medonho que se abate sobre a saúde portovelhense.
 
Cansativo repetir, contudo, a forma como isso reflete na vida da população, especialmente daqueles que dependem, exclusivamente, do sistema público de saúde.
 
Os relatos de pacientes, bioquí¬micos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da policlínica Hamilton Gondim, localizada no bairro Tancredo Neves, zona Leste da cidade, referentes aos males que asfixiam àquela unidade de saúde, não deixam qualquer dúvida a respeito da crise aguda no qual se encontra mergulhado o sistema.
 
Entretanto, o que deixa qualquer pessoa indignada, é a apatia de certas autoridades para resolver esses e outros problemas, que, sabe-se, não são de hoje, mas arrastam-se há muito tempo.
 
A situação da policlínica Hamilton Gondim, onde não há sequer um simples analgésico (Dipirona), segundo denúncia postada no site RONDONIAOVIVO, às 10h44, desta quarta-feira, apenas revela a mais cabal manifestação de desprezo das autoridades municipais pela saúde da população.
 
Não se diga, porém, que isso esteja acontecendo somente nas unidades de Porto Velho. Repare-se o estado de penúria por que passa o João Paulo II.
 
Aliás, o diretor do JP, um moço distinto e bem intencionado, deveria mandar escrever na porta principal do hospital a mesma frase com a qual Virgilio, o personagem de a Divina Comédia, de Dante Alighieri, deparou-se na entrada do inferno: “deixai toda a esperança, ó vós que entrais!”.
 
Há muito tempo que profissionais da saúde (estadual e municipal) vêm chamando a atenção de dirigentes públicos e autoridades responsáveis pelo setor, diante das crescentes dificuldades, que apenas se tornaram mais complexas, na medida em que, em vez de solucionadas, simplesmente continuaram sendo empurradas com a barriga. Em vão.
 
Aí estão os exemplos. Não se trata de querer fazer do tema um cavalo de batalha, principalmente como insinuam alguns lacaios encastelados na administração Sobrinho, mas de tentar sensibilizar as autoridades para os percalços que assoberbam o sistema público de saúde, cujas maiores vítimas são aqueles que não tem condições para pagar um plano particular.
 
A esperança de que a mudança de nome na secretaria municipal de saúde (Semusa) trouxesse algum alento para o setor, vê-se, hoje, não ajudou em absolutamente coisa nenhuma. Já passou da hora de os dirigentes públicos tirarem as escamas dos olhos.
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