Cassol reúne-se com sindicalista preocupado com situação previdenciária dos servidores estaduais

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Foto: Divulgação

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O governador Ivo Cassol esteve reunido na tarde desta quarta-feira (21), em seu gabinete no Palácio Getúlio Vargas, acompanhado do presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – Iperon, César Licório, com representantes de 15 categorias sindicais dos servidores estaduais para discutir o déficit do Iperon, que atualmente chega a 4% da receita, e os pedidos de reposição salarial e aumento do auxílio saúde, entre outras reivindicações.
 
O governador explicou aos dirigentes sindicais a sua preocupação com o déficit do Iperon e do equilibro equatorial de 4%. Esses custos representariam para os cofres do estado cerca de R$ 65 milhões por ano, e o rombo no setor previdenciário dos servidores se deu em virtude de administrações anteriores que não repassaram os recursos para o Iperon. “Não foram repassados nem mesmo os valores descontados dos contra-cheques dos servidores, e isso é uma bomba relógio que vai explodir se não fizermos nada”, afirmou Ivo Cassol.
 
Cassol alertou se não forem tomadas medidas urgentes para corrigir essa defasagem financeira, em três anos no máximo a previdência não vai conseguir pagar os aposentados e pensionistas. O governador propôs aos representantes dos sindicatos a reposição do déficit equatorial de 4%, da seguinte forma: 2% o governo tira do próprio caixa e os outros 2% seriam descontados dos servidores que receberiam aumento salarial equivalente.
 
Outros pontos da negociação salarial proposta pelos sindicatos, como a reposição salarial e o aumento do auxílio saúde para R$ 150,00 não foram acordados, uma vez que é preciso um estudo detalhado da evolução da arrecadação do estado para se ter um parâmetro futuro dos custos deste aumento. “Não adianta ser irresponsável e dar um aumento para alegrar os servidores agora e deixar todo mundo sem receber o salário amanhã, como já aconteceu no passado”, disse Cassol. Para tanto, os técnicos da secretaria de Finanças, que estavam representados pelo presidente do Sintec, apresentarão um relatório da receita e a evolução das despesas, para que se chegue a um consenso.
 
Uma nova reunião será agendada para o mês de agosto, quando sindicalistas e governo tentarão chegar a um denominador comum para a pauta de reivindicações apresentada e a contra-proposta do Governo do Estado.
 
 
Reunião de secretários detalha a situação financeira do estado
 
No período da manhã, também no Palácio Presidente Vargas, aconteceu uma importante reunião com todos os secretários ordenadores de despesas (algumas secretarias e autarquias não possuem orçamento próprio) do Governo do Estado, visando detalhar a situação financeira da administração e as prioridades para o restante do ano de 2009.
 
Coordenada pelo secretário de Finanças, José Genaro de Andrade, os secretários receberam uma explanação da evolução da arrecadação do primeiro semestre, que devido à crise mundial que retraiu os mercados que importam nossos produtos, principalmente a carne bovina, o que resultou numa sensível queda de receita, em cerca de 50% do que era estimado para os primeiros seis meses.
 
Genaro explicou que este é um momento de muito cuidado com os gastos públicos, e que “Rondônia pode ser considerado um estado atípico na economia nacional, uma vez que, mesmo com a queda da receita, continuamos superavitários, graças a uma política austera do governador Ivo Cassol com a economia e os gastos públicos”, disse.
 
Outra preocupação do governador, segundo Genaro, é com o décimo terceiro salário, que deverá ser pago mais uma vez antes do Natal, assim como o salário de dezembro de todo o funcionalismo público estadual. Para isso é preciso que continue a mesma política de economia e zelo com os gastos da administração: combustível, energia elétrica, telefones, diárias e outras despesas pequenas que não aparecem, mas que no fim das contas acabam representando uma boa parte do que é gasto pelos gestores. “E tudo isso sem abrir mão dos investimentos e das obras programadas, como a água, o esgoto e o C.P.A. na capital, além da construção de escolas e estradas no interior, que não vão parar”, afirmou.
 
Estavam presentes os titulares da C.G.A.G., Deosp, D.E.R., Sesdec, Sedam, Sejus, Iperon, Caerd, Seduc, Sedes, Seagri, P.G.E., Porto, Seplan, Sesau, Detran, Emater e Idaron.
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