Intereclesial confirma presença em Porto Velho de líder indígena guatemalteca que foi Prêmio Nobel da Paz
Foto: Divulgação
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De acordo com a coordenação do 12º Intereclesial, por se tratar de três vidas comprometidas com a defesa do meio ambiente e com as lutas por soluções de alguns dos mais agudos e aflitivos problemas da região amazônica, a confirmação destas presenças se reveste de grande importância para enriquecer e assegurar a autenticidade do encontro, uma vez que nesta sua 12ª versão o evento terá como tema: "CEBs: Ecologia e Missão" e como lema: "Do Ventre da Terra, o Grito que vem da Amazônia".
Criador da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), dom Pedro Casaldáliga foi o primeiro a denunciar trabalho escravo no Brasil, em 1971, ano em que divulgou a primeira carta pastoral "Uma Igreja da Amazônia", em conflito com o latifúndio e a marginalização social.A partir dessas denúncias, tornou-se referência para os movimentos de oposição à ditadura, sendo preso e torturado pelos militares. Aos 81 anos, Casaldáliga segue firme em suas reivindicações pela reforma agrária e pela defesa dos indígenas.
A jovem professora Maria Osmarina Silva Souza, a Marina Silva, chamou a atenção nacional ao eleger-se para o Senado com a maior votação da história do Acre, em 1994, aos 38 anos, tornando-se a senadora mais jovem da história da República. O combate ao desmatamento da Amazônia, cujas florestas estão sob o olhar atento de todo o mundo, foi seu grande desafio enquanto esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Entre os organizadores locais do 12º Intereclesial a expectativa é a de que o conjunto de relatos produzidos por Dom Pedro Casaldáliga, Marina Silva e Rigoberta Menchú resultem num testemunho com qualidades proféticas, humanas e éticas, de forma a não permitir que o passado seja esquecido e apagado da memória pela pressa e pela superficialidade impostas pela modernidade do cotidiano. “Reviver e narrar são formas de resistência à brutalidade e injustiças de um passado que não se quer ver no futuro”, lembra um dos responsáveis pela organização do evento.
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