Um grupo composto por estudantes, mototaxistas e populares realizou na manhã desta quinta-feira em Porto Velho um protesto contra o que eles classificam de “tarifa abusiva”, em relação as passagens de ônibus na Capital.
Com um caminhão de som, o grupo realizou uma passeata pelas Avenidas Sete de Setembro, Marechal Deodoro e Carlos Gomes. Em seguida dirigiu-se a sede do Executivo municipal, onde passaram a gritar palavras de ordem contra o prefeito Roberto Sobrinho (PT).
A Polícia Militar, que acompanhava a distância, interviu quando alguns estudantes resolveram pichar a porta de vidro da prefeitura. Em seguida, dezenas de policiais fizeram um cerco na portaria, evitando a entrada no prédio.
Do próprio veneno
Antes de ser prefeito, Roberto Sobrinho participava ativamente de manifestações por todo o Estado. Na época, ele defendia o diálogo entre autoridades e comissões de manifestantes. No episodio desta quinta-feira, o prefeito sequer apareceu na janela e mais uma vez optou pela saída estratégica de não enfrentamento da situação.
A chefe de gabinete Mirian Saldaña Perez também não conversou com os manifestantes. Quem apareceu para dialogar com os estudantes foi o chefe da Assessoria Militar da prefeitura e chefe da segurança pessoal do prefeito, Coronel Reinaldo Raimundo da Silva, que limitou-se a receber um documento entregue pelos manifestantes solicitando uma audiência com o prefeito para discutir a redução da tarifa de ônibus, coisa difícil de acontecer, aja vista que em entrevista recente a um programa de TV, o prefeito afirmou que “o transporte público de Porto Velho atende a contento a população”.
Mototaxistas
Pegando carona na manifestação, dezenas de mototaxistas (atividade considerada ilegal pela prefeitura) estiveram presentes, engrossando o coro dos insatisfeitos, “nós somos uma alternativa barata e viável de transporte público e queremos regulamentar nossa profissão. Também consideramos um verdadeiro assalto a tarifa de ônibus a R$ 2,30. Já que eles (as empresas) não querem baixar o preço, poderiam pelo menos deixar a gente trabalhar”, disse um mototaxista.