Na manhã desta quinta-feira o batalhão de choque da Polícia Miliar, acompanhado de fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito – SEMTRAN – entrou em confronto com os mototaxistas nas proximidades da rodoviária de Porto Velho. Os policiais estavam auxiliando os fiscais na apreensão das motos, cujo serviço, por incompetência do município, não foi regulamentado.
O confronto deixou diversos moto-taxistas e populares feridos, com gás de pimenta e tiros desferidos por balas de borracha. As motos foram apreendidas e o município cobra R$ 1.159 para a liberação das mesmas.
Os moto-taxistas estavam exaltados e na confusão um deles chegou a acusar um policial de racismo, “ele me chamou de negão”, disse o mototaxista apontando para um policial da tropa de choque. Os taxistas convencionais ficaram em volta, incitando os policiais e causando ainda mais tumulto.
Os fiscais da SEMTRAN, com medo das retaliações, escondiam-se atrás dos policiais e determinavam a apreensão das motocicletas. Um dos manifestantes foi preso por suspeita, segundo os policiais, de estar armado. Os demais mototaxistas discordam da versão da polícia, “prenderam ele porque ele estava dizendo que nós não podemos ser injustiçados e não admitimos a arbitrariedade desse prefeito safado”. Outro manifestante gritava “esse prefeito é um ladrão, que não tem coragem de mostrar a cara. Na época da campanha prometia em reuniões de bairro que iria ajudar a gente e agora bota é a policia em cima”.
A prefeitura não se posicionou abertamente sobre a regularização do serviço de moto-táxi em Porto Velho. Na Câmara, um projeto do vereador Jean Oliveira está sendo discutido, mas ainda não foi votado.
As motos foram apreendidas e levadas ao pátio da SEMTRAN.
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