Via Campesina formada por RO e mais cinco Estados incluindo o DF ocupam e protestam contra o Agronegócio no Ministério da Agricultura
Foto: Divulgação
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Mais de 300 militantes da Via Campesina participam, na manhã de hoje (9)), da Jornada das Mulheres Camponesas contra o Agronegócio, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Durante o protesto, pelo menos metade das manifestantes invadiu o andar térreo do Mapa. Houve tumulto, o vidro da porta de entrada ficou trincado e um segurança se machucou. Elas ficaram no prédio por mais de quatro horas.
Pequenas agriculturas de Goiás, Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal participaram da manifestação no Ministério da Agricultura. Durante o protesto, elas também condenaram o fechamento de oito escolas itinerantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Sul. Os colégios foram fechados por determinação do governo gaúcho e do Ministério Público Estadual.
Munidas de faixas e cartazes, as demais manifestantes ficaram em frente ao prédio do Ministério da Agricultura. De acordo com a coordenadora nacional da Via Campesina, Itelvina Masioli, o movimento organizou o protesto para denunciar a política agrícola do governo. Segunda ela, o Mapa dá prioridade ao agronegócio em detrimento da agricultura familiar
“Estamos ocupando este ministério para dizer à sociedade e para o ministro [Reinhold Stephanes] que o Ministério da Agricultura tem que estar a serviço da produção de comida, da soberania alimentar. E não pegar recursos públicos para financiar o agronegócio e as transnacionais”, disse Itelvina.
A Jornada das Mulheres Camponesas também ocorre em outras cinco unidades da Federação: Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Pernambuco e Espírito Santo. “É a hora de mudarmos o modelo agrícola, fazendo a reforma agrária”, diz o manifesto divulgado pela Via Campesina. O movimento também defende um novo modelo econômico, com o fortalecimento do mercado interno e o aumento do salário mínimo.
De acordo com a Via Campesina, apenas em dezembro do ano passado o agronegócio demitiu 134 mil pessoas em todo o país. “O agronegócio foi o segundo setor que mais demitiu com a crise econômica, apesar da alta lucratividade do último período e dos investimentos do governo”, assinala o manifesto divulgado pelo movimento.
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