Agrocafé tem participação de secretários de Agricultura de RO e mais quatro estados

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Foto: Divulgação

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Melhorar a renda do cafeicultor e ampliar a produção baiana de 2,5 para 4 milhões de sacas de café, em quatro anos, são alguns dos desafios que estarão em pauta na 10ª edição do Simpósio Nacional do Agronegócios Café, o Agrocafé. O evento será realizado entre os dias 09 e 11 de março, no Gran Hotel Stella Maris Resort, em Salvador (BA), e vai reunir produtores, especialistas, indústria e Governo, em uma programação que inclui palestras, mini-cursos, feira e ainda um Fórum de Secretários de Agricultura da Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rondônia.

O 10º Agrocafé é realizado pela Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Centro de Comércio de Café da Bahia e Faeb/ Senar- BA.

De acordo com o presidente da Assocafé, João Lopes Araújo, desde 2000, a remuneração e os produtores brasileiros caminhavam em sentidos opostos. De 2000 a 2004, o café brasileiro enfrentou os piores preços em quase 285 anos de história de produção do grão, chegando a 37 dólares a saca, em 2002, contra a média de 200 dólares por saca que se praticava em 1998. “Quando os preços começaram a subir, a valorização do real e a elevação dos preços dos insumos em função da alta do petróleo comeram grande parte da remuneração do produtor”, explica João Lopes.

No ano em que a crise financeira mundial toma todas as pautas de discussões, os cafeicultores conseguem ver uma luz no fim do túnel, apesar da queda no preço da commodity, que está em torno de 135 dólares a saca.
O alento é um “blend” de dólar a US$2,30 e estoques baixos no Brasil e no mundo, que podem puxar os preços para cima.
“O sonho dos produtores é alcançar US$180 por saca, o que, com esse câmbio, daria uma margem para respirar”, afirma o presidente, segundo quem, é difícil pensar uma solução governamental para se alcançar esse ideal, já que, no mercado livre, o espaço para esse tipo de intervenção é mais limitado, pois os compradores externos podem simplesmente optar por não aceitar preços impostos.

“Estamos trazendo os maiores especialistas de todos os segmentos do agronegócio café para discutir o futuro da atividade e, principalmente, pensar em soluções. Isso vai desde políticas públicas até investimento em marketing para aumento de consumo”, diz Lopes.
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