Nesta quinta-feira (12) os servidores do Ministério do Estado de Rondônia (MP) realizaram ato público em frente ao prédio do MP, com paralisação de todas as atividades de atendimento ao público por duas horas. O protesto foi motivado pela ausência de uma proposta oficial por parte da administração do Órgão em relação ao Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) da categoria, que foi encaminhado desde outubro de 2008, e pela não implantação do horário corrido. O movimento foi coordenado pelo Sindicato dos Servidores do Ministério Público (SINSEMPRO) e contou com o apoio de várias entidades sindicais.
Entre os vários objetivos da implantação do PCCS estão a definição de uma nova tabela salarial que corrija as grandes distorções atualmente existentes, como o salário de ingresso de R$ 514,00 no nível fundamental e R$ 677,00 no médio e R$ 1.200 no nível superior, enquanto que o promotor substituto tem salário inicial de R$ 18.009,00; outra situação considerada prejudicial é o sistema de gratificação e Direção e Assessoramento Superior (DAS), que são concedidos sem base em critérios objetivos ou de merecimento claramente definidos, o que gera muita insatisfação; os quais ainda acarretam o prejuízo de não serem incorporados no momento da aposentadoria.
Quanto ao horário corrido de seis horas de trabalho, que já vigora nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário é outra importante reivindicação da categoria, que quer isonomia com os demais servidores. O SINSEMPRO já apresentou uma proposta de jornadas de dois turnos, um das 7h00 as 13h00 e o outro de 12h00 as 18h00, que beneficia os servidores e ainda amplia em três horas o atendimento ao público, já que atualmente o MP funciona das 8h00 às 12h00 e das 14h00 às 18h00. Até o momento também não houve manifestação oficial do Órgão sobre esta reivindicação.
Durante o ato público, uma representante da administração do MP apresentou uma proposta emergencial de correção da tabela salarial, que foi considerada positiva e deverá ser debatida pela categoria, após ser formalizada ao Sindicato. Para o presidente do SINSEMPRO, Antonio Belarmino, o movimento alcançou seus objetivos, não só pelo fato de uma proposta ter sido apresentada, mas, principalmente, pela massiva participação dos Servidores, que é uma demonstração clara da disposição da categoria em conquistar o PCCS e o horário corrido.
O ato público com paralisação das atividades contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de vários sindicatos como o Sintero, Sinjur, Sindsaúde, Simporo, Bancários, Sintax, Sinttrar, Sindafisco e Sindifisco. Os presidentes das entidades sindicais presentes se colocaram à disposição do SINSEMPRO para a realização de novas atividades, e na mobilização que será necessária realizar na Assembléia Legislativa, para sensibilizar os deputados a aprovarem o Plano de Cargos e Salários dos Servidores do Ministério Público.