DESCASO - Peças do museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré continuam jogadas em porão da Marinha

DESCASO - Peças do museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré continuam jogadas em porão da Marinha

DESCASO - Peças do museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré continuam jogadas em porão da Marinha

Foto: Divulgação

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Em agosto de 2007, há exatos 17 meses, os dois principais galpões que integram o complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré foram interditados para serem reformados. Num deles, onde funcionava o Museu da EFMM, todas as peças do acervo foram retiradas, sendo levadas para um depósito no porão de um prédio da Marinha, um ambiente inadequado e considerado insalubre.
No dia quatro de junho de 2008, o Jornal Rondoniaovivo denunciou a situação de abandono e desleixo com as peças do Museu por parte da Prefeitura de Porto Velho. Na época constatou in loco que grande parte do acervo, tombado pelo Patrimônio Histórico, estava num ambiente fechado, pegando poeira, sem climatização ou cuidados específicos, servindo de ninho para ratos e baratas. Passados sete meses, tudo continua jogado no porão do antigo CIBEC, num ambiente que contraria as normas para acomodação de peças históricas.
Móveis (cadeiras, mesas, cristaleiras, camas, escrivaninhas e estantes), utensílios domésticos (pratos, xícaras e talheres), maquinaria leve (máquinas de escrever, de calcular, relógio de ponto e lampiões) e maquinaria pesada (macacos, empilhadeira, cofres, guincho, etc..)  estão até hoje aguardando a remoção para local apropriado.
IARIPUNA
Na época, o presidente da Fundação Iaripuna ainda era o boliviano Julio Yriarte, que questionado pela reportagem do Rondoniaovivo sobre a transferência das peças do acervo para o depósito da Marinha, que foram transportadas sem nenhum tipo de proteção ou cuidado, jogados na carroceria de um caminhão como se fossem peças comuns. Julio usou de ironia para responder, afirmando que o ideal seria “pegar cada peça, um parafuso e colocar numa caixinha com feltro, fechar e transportar assim”.
POLICIA FEDERAL
A Associação dos Amigos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré denunciou a transferência irregular no Departamento de Polícia Federal. Por sua vez, a PF requereu um laudo técnico pericial das peças do acervo, para ter ciência dos danos causados durante a transferência.
 O presidente da fundação disse que não foi constatado nenhum dano durante o translado. “Aquelas peças que estavam quebradas, já estavam (quebradas) há bastante tempo”, disse Julio.
O museólogo Antônio Ocampo também foi intimado a dar declarações aos Federais. No seu depoimento, Ocampo disse  que acompanhou a ação como funcionário do museu.  Segundo ele, apenar reiterou o que já havia dito antes, que não tem vínculo algum com a Fundação Iaripuna ou a Prefeitura e que fez apenas o acompanhamento como funcionário do museu, não mais do que isso e que a responsabilidade total pela integridade de todo o acervo cabe a Fundação, que responde à Prefeitura municipal de Porto Velho.
Questionado sobre as condições do acervo dentro do depósito da Marinha, Ocampo disse que com o desligamento temporário do museu, estando afastado das suas funções não sabe como estão lidando com o acervo e as reais condições das peças dentro do local onde se encontram, mas foi claro e contundente ao dizer que a única pessoa que pode apontar o que de fato acontece hoje com o acervo era o ex- presidente da Fundação Iaripuna, Julio Yriarte.
IPHAN
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN/RO), através de seu delegado responsável, Beto Bertagna, em entrevista na época ao Rondoniaovivo.com enfatizou que a Fundação Iaripuna é responsável por todas as peças do galpão, desde sua retirada, cuidado e cadastro. “A fundação responde por todo dano que aconteça com qualquer peça do galpão” afirmou Beto Bertagna, que ainda ressaltou que procurou a Fundação para alertá-la sobre sua responsabilidade com todas as peças dos dois galpões.
De acordo com o “Inventário do Acervo do Museu da Estrada de Ferro Madeira Mamoré”, hoje consta catalogado 475 peças, grande parte deteriorando no depósito da Marinha.
O desmonte do museu faz parte de um projeto desenvolvido pelo departamento de arquitetura da Secretaria Municipal de Planejamento (SEMPLA), sob a supervisão do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
TRISTE REALIDADE
Passados mais de uma não e meio, parte da história de Estrada de Ferro Madeira Mamoré está abandonada num porão escuro na beira do Rio Madeira. Espera-se que as autoridades do segmento, entre elas, o atual presidente da Fundação Iaripuna dê um tratamento melhor a nossa história.
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