Renan Calheiros - Em sessão secreta, Senado decide nesta quarta futuro do presidente do Senado

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Foto: Divulgação

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Em sessão secreta, o plenário do Senado decide nesta quarta-feira o futuro político do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Sem laptops e celulares, os senadores vão votar o projeto de resolução que pede a cassação de Renan por quebra de decoro parlamentar. Nesta terça, na véspera da votação, vários partidos definiram a orientação de voto para suas bancadas na sessão. O PT e o PMDB decidiram liberar suas bancadas para votarem como quiserem. Ou seja, não fizeram uma orientação explícita para os senadores votarem pela absolvição do peemedebista. Já o PSDB e DEM orientaram suas bancadas --com exceção do senador João Tenório (AL), amigo de Renan-- a votarem pela cassação do presidente do Senado. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), disse que os parlamentares vão votar de acordo com as suas "consciências". "Não houve pedido nem orientação de voto. Entendemos que não cabe porque é uma situação em que cada senador é juiz, sua convicção deve ser formada com base no processo. Não houve orientação em nenhum sentido", disse. Apesar de não haver a orientação explícita, a maioria dos petistas e peemedebistas devem votar pela absolvição de Renan --aliado fiel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo dentro do PT e do PMDB há senadores que manifestaram que vão votar pela cassação de Renan. Esse é o caso do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), da chamada ala independente do PT. O próprio PMDB, partido de Renan, espera contabilizar de três a sete traições --votos pela cassação. O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), que mantinha o voto sob sigilo, decidiu abrir sua posição no plenário do Senado e dizer que vai votar pela cassação de Renan por considerar que a Casa não pode mais sofrer os impactos negativos que atingem o seu comandante. "Não há outra solução para a crise no Senado. Se tivesse um entendimento antes, talvez estaríamos em outra situação. É a credibilidade do Senado que está em jogo." Para o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE), um dos peemedebistas favoráveis à cassação de Renan, o presidente do Senado deve perder o mandato como forma de salvar a imagem da instituição. "Eu não vejo como o Renan escapar disto [cassação]. Tanto faz o voto aberto ou secreto, vamos defender amanhã a imagem da instituição", disse. O senador Almeida Lima (PMDB-SE), que integra a tropa de choque de Renan, disse que os parlamentares estão sendo "pressionados" pela oposição para votarem em favor da cassação. Segundo Lima, Renan terá votos suficientes a seu favor. Para cassar o mandato dele são necessários 41 votos. A oposição considera o PT como "fiel da balança" para definir o destino de Renan, já que a bancada deve votar dividida. No entanto, nenhum dos maiores partidos do Senado em número de parlamentares --PMDB, DEM, PSDB e PT-- manifestou publicamente apoio à absolvição de Renan. O PT e o PMDB, que na contabilidade de Renan seriam seus maiores aliados, optaram por liberar suas bancadas. Atualmente, o PMDB tem a maior bancada no Senado, com 19 senadores, seguido pelo DEM, com 17 parlamentares, e o PSDB, com 13 senadores. O PT é a quarta bancada do Senado, com 12 parlamentares no total. Medidas de segurança Para garantir o sigilo da sessão que define o futuro de Renan, serão adotadas uma série de proibições e vetos aos senadores. Eles não poderão usar computadores nem deixar os celulares ligados. Os laptops que ficam instalados nas bancadas de cada senador já foram retirados do plenário na noite desta terça-feira para evitar que os parlamentares insistam na sua utilização. As visitas guiadas ao plenário serão cancelas nesta quarta-feira, mas os turistas poderão conhecer os outros locais do Senado, se quiserem. Os senadores que revelarem detalhes do que ocorreu nas cerca de quatro horas e meia de sessão poderão ser punidos --desde uma simples censura até a suspensão de mandato. A punição está prevista no Código de Ética do Senado. Durante a sessão, os senadores que quiserem discursar vão ter de falar mais alto. É que o sistema de som do plenário já foi desligado para garantir o sigilo total dos debates e eventuais comentários ocorridos durante a votação. Votação O plenário do Senado analisa nesta quarta-feira, a partir das 11h, o projeto de resolução que recomenda a cassação de Renan Calheiros. A reunião começa aberta, mas, assim que o vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC), iniciar a sessão, ela será fechada. Somente poderão participar da sessão secreta os advogados de Renan e do PSOL --autor da representação contra o peemedebista no Conselho de Ética do Senado--, os senadores e a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, além do secretário-adjunto, José Roberto.
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