Ministério Público lança Projeto Escolas Promotoras da Saúde em parceria com secretarias do Estado e Município
Foto: Divulgação
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As Promotorias de Justiça do Consumidor e Saúde e da Infância e Juventude lançaram nesta terça-feira (12), no auditório do Ministério Público de Rondônia, o Projeto Escolas Promotoras da Saúde, realizado em parceria com as Secretarias do estado e do município da Educação e da Saúde, além da Faculdade São Lucas e do Instituto Luterano de Ensino Superior (Ulbra).
Inicialmente, o projeto vai atender, a partir do dia 18 deste mês, 26 escolas de Porto Velho, com o objetivo de avaliar alunos com sobrepeso e baixo peso, e encaminhá-los a uma unidade de saúde para receberem a devida orientação.
Estão previstas, também, palestras sobre a necessidade de hábitos alimentares saudáveis e a prática de atividade física, bem como esclarecimentos sobre o direito do consumidor à informação nutricional adequada; visitas a cantinas escolares, visando à orientação sobre boas práticas alimentares, estabelecendo diálogo com os cantineiros e; ao final dos trabalhos, sugestão, caso seja necessária, de adoção de políticas públicas voltadas à área em estudo e a expedição de normas a respeito.
O projeto será executado por acadêmicos dos cursos de Educação Física, Psicologia, Nutrição e Direito das Faculdades São Lucas e Ulbra, que receberam capacitação para realizar a avaliação nutricional dos estudantes. De acordo com a coordenadora do Curso de Nutrição da Faculdade São Lucas, Juliana Closs Correia, o projeto será realizado inicialmente nas escolas públicas de Porto Velho e a meta é concluir a coleta de dados em dois anos e meio. “Nossa intenção, no entanto, é estender esse projeto a todo o estado de Rondônia”, observou. Ela lembrou que a idéia do projeto nasceu de uma audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa, em que se discutiu a questão das cirurgias bariátricas para redução de estômago. “Temos que trabalhar na prevenção, para que nossas crianças não sejam os adultos com obesidade mórbida e que necessitam de cirurgia bariátrica. Do contrário, acaba se criando uma indústria desse tipo de cirurgia”, alertou.
A Promotora de Justiça do Consumidor e da Saúde, Emília Oiye, declarou que o planejamento do projeto consumiu um ano de trabalho. Acrescentou que o Ministério da Saúde deve lançar o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, semelhante ao Escolas Promotoras da Saúde. “Com certeza a Semusa (Secretaria Municipal de Saúde) e a Sesau (Secretaria de Estado da Saúde) terão mais facilidade para trabalhar esse projeto do Ministério Público, utilizando os dados que forem coletados pelo nosso projeto”, observou.
A professora de Nutrição da Faculdade São Lucas, Luna Mares Oliveira, explicou que o projeto terá o acompanhamento direto de quatro professores e mais cinco que irão orientar os alunos no trabalho de pesquisa. Essa pesquisa é de fundamental importância para se ter dados epidemiológicos de obesidade e desnutrição de crianças”. Ela ressaltou ainda a necessidade de envolvimento dos diretores das escolas para conhecer e orientar os alunos em relação ao termo de consentimento que deverá ser assinado pelos pais, para que os estudantes possam desenvolver a investigação nutricional.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!