A emissão da licença prévia para o início das obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antonio já começa a atrair empresas de consultoria interessadas em prospectar oportunidades de mercado para seus clientes.
É o caso da Finance Engenharia de Negócios, sediada em Belo Horizonte (MG), que elabora projetos de desenvolvimento tecnológico e inovação, procedimentos aduaneiros, auditorias e perícias de engenharias financeiras e contábeis, planejamento tributário e projetos de financiamento para empresas como Alstom (multinacional francesa do setor elétrico, que já atua em Rondônia no programa Luz para Todos, que deve levar energia elétrica a 14 mil propriedades rurais até 2008), Kuttner do Brasil Empreendimentos Siderúrgicos (representante de altos-fornos fabricados na Alemanha), Voest-Alpine Siemens (metalurgia e eletroeletrônica) e Wurth (insumos industriais).
“Estamos focando nosso trabalho a partir de agora na avaliação de mercado para empresas que trabalham com metalurgia, especificamente estruturas metálicas. A tarefa principal, neste momento, é colher informações para ser tomada uma decisão: se as peças serão trazidas da região Sul prontas para montagem ou se será possível instalar uma unidade de processamento dos lingotes de alumínio e ferro para a efetiva produção, montagem e execução de projetos aqui em Rondônia, desde lotes fechados de peças avulsas até galpões e outras instalações industriais de grande porte”, explica a analista de pesquisa e meio ambiente da Finance, Marilac Gomes Lana, que visitou a capital durante toda a semana nesse trabalho inicial de prospecção.
“Trabalhamos com a perspectiva de atrair o maior número possível de empresas que possam agregar valor às diversas cadeias produtivas que serão articuladas a partir do leilão da usina, que está marcado para o próximo mês de outubro”, afirma o secretário de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social, Marco Antonio Petisco.
Para exemplificar a magnitude dos investimentos que serão feitas nas UHEs do Complexo do Madeira, Petisco cita dados da própria Furnas Centrais Elétricas, segundo os quais apenas o cimento a ser utilizado nas obra equivale ao volume que seria consumido para a construção de 14 estádios do porte do Maracanã (RJ): “Cimento, brita, ferro e areia, todos têm estimativa de consumo na casa dos milhões de toneladas. Pela projeção destes que são os insumos básicos da obra, pode-se avaliar a extensão do trabalho que está por vir, para todos nós”, resume Petisco.
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