Com medo de represálias, alguns fiscais da Agência de Defesa Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron) não quiseram se identificar, mas denunciaram a reportagem que foram ameaçados por repassadores de peixes que comercializam o produto mandado para Manaus sem a Guia de Trânsito do Ministério da Agricultura, ou seja, a Lei do SIF (RIISPOA) que obriga a inspeção do pescado para poder ser comercializado com segurança, protegendo assim a saúde da população, não está sendo respeitada pela ganância de uma minoria.
O Ministério de Agricultura e Pecuária (MAPA) vai atuar na fiscalização, exigindo da Idaron que cumpra o seu papel fiscalizatório e chame até a polícia se for o caso, mas o peixe tem que ter no mínimo o certificado sanitário.
A Superintendência Federal de Agricultura de Rondônia (SFA) exige que o peixe seja inspecionado, porque se ele sai do nosso estado com o SIF, pode ser vendido e comercializado em Manaus sem nenhum problema e sem a necessidade de ser fiscalizado de novo. Essa fiscalização cabe a Idaron que é o órgão responsável no Estado.
Segundo empresários ouvidos pelo Nahoraonline, a saída do pescado sem a guia de transporte ou até mesmo o certificado sanitário, prejudica os criadores e as indústrias de Rondônia, permitindo com isso a evasão de divisas e a desconfiança que é gerada pela má qualidade do produto no mercado vizinho.
Os criadores esperam que a Idaron faça a sua parte ou vão pedir ao Ministério da Agricultura, através da SFA/RO que atue na fiscalização e cumpra a Lei que obriga o controle e a qualidade do produto. Enquanto isso não acontece, o peixe é vendido livremente em Manaus e municípios vizinhos sem a garantia de sua qualidade.