A Seccional Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), preocupada com a segurança e o bem-estar do advogado cacoalense Zílio César Politano, que foi vítima de atentado dentro de seu próprio escritório, enviou ofícios à Secretaria de Estado da Segurança (Sesdec) e ao Comando Geral da PM pedindo urgência às apurações da tentativa de homicídio.
Na quinta-feira, o presidente do Conselho Seccional, advogado Hélio Vieira, e o conselheiro Carlos Alberto Biazi estiveram reunidos com o secretário de segurança, major Evilásio Sena, e com a comandante-geral da Polícia Militar, coronel Angelina Ramires, para solicitar atenção especial ao caso e garantias de vida a Zílio César e a sua família.
Entendendo as preocupações da OAB no que se refere ao advogado e sua profissão, defender a justiça, a ordem e a paz, as duas autoridades se dispuseram a ajudar no que for possível e prometeram intensificar as investigações de maneira que ordem seja restabelecida e a segurança do advogado resguardada.
Hélio Vieira classificou o atentado como um ataque às prerrogativas profissionais e ao direito de defesa do cidadão. O advogado Zílio César estava no seu escritório, em Cacoal, quando foi atacado por dois homens armados de faca e revólver.
Num ato de bravura e defesa, o advogado investiu contra os criminosos e os desarmou. O índio Payamãn Cinta Larga, também conhecido como Zanata Cinta Larga, foi preso esta semana pela Polícia Rodoviária Federal acusado de ser o mandante do crime.
Em Cacoal o presidente da subseção da OAB, advogado Valter Nunes de Almeida, acompanhou a prisão e a lavratura do auto de prisão em flagrante dos dois acusados Marcos Juliano Tedesco e Fábio Júnior Rodrigues Amorim, que confessaram ter recebido R$ 15 mil para executarem Zílio Cezar. Zanata teria encomendado o crime porque, segundo a polícia, o advogado Zílio Cézar venceu uma causa na justiça obrigando a tribo do índio a penhorar um veículo como garantia de pagamento do processo.