Com 1,2 mil unidades implantadas no país, a Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) está entre as melhores alternativas de segurança alimentar. A tecnologia começa a ser implantada em Rondônia, numa realização da Fundação Banco do Brasil (FBB), em parceria com a prefeitura de Porto Velho e com apoio do Sebrae.
A tecnologia se difere de tudo aplicado até agora, no país, com reduzido esforço, baixo custo financeiro (em torno de R$ 6 mil) e apresenta resultados concretos R11; ecologicamente desenvolvida e economicamente correta.
Projeto-piloto, a primeira unidade Pais no Ramal São Pedro, no entorno de Porto Velho, cidade onde se planeja implantar um total de 100, que produzirão hortaliças e leguminosas sem o uso de agrotóxicos, garantindo renda à agricultura familiar e segurança alimentar ao consumidor.
O projeto tem a orientação do agrônomo senegalês radicado no Brasil Aly Diaye, idealizador da metodologia. No total, são 40 horas-aula a 15 famílias de pequenos agricultores.
Diaye afirma que o Pais contribui com a melhoria da qualidade de vida aos moradores da região onde é implantado, como um novo modelo de sociedade. Diz que o mesmo é realizado, hoje, em 12 Estados "nas regiões Nordeste, Noroeste e Centro-Oeste", com a implantação de até 90 unidades em cada. O que mais tem, possui quarenta. Só Porto Velho contará com 100, mais que qualquer outro Estado recebeu.
Isso se explica em função da vocação agrícola natural e da existência, em grande extensão territorial, mais de pequenas que grandes propriedades. A unidade que se implanta no Ramal São Pedro, assim como as demais, no prazo de três meses estará começando a produzir sustentavelmente.
Em Porto Velho, a execução do projeto é da prefeitura municipal com a Fundação Banco do Brasil, com o Sebrae atuando na área de capacitação e gestão.
Em São Pedro haverá, segundo os responsáveis pelo projeto, 18 variedades de árvores frutíferas tipicamente regionais e que têm valor comercial, a exemplo da graviola, sem contar a agregação de flores tropicais e meliponicultura, com abelhas nativas produzindo mel. Também constam no plano a realização de uma feira de produtos orgânicos, alternativas de transporte da produção, política de preço, além da criação de marca própria.
Novo curso
Aly Diaye diz que a tecnologia do Pais vem mudar o curso da história na agricultura local. A maior parte do que se consome em Rondônia, segundo ele, vem de outros Estados. As pequenas propriedades devem ser fortalecidas, incentivadas a produzir alimento diversificado e saudável.
De acordo com Diaye, o país é "uma atividade econômica que mobiliza agroecologia com crescimento, em média, de 20 por cento ao ano, não dando prejuízo ao produtor, pois se pratica um reflorestamento com árvores frutíferas nativas e sistema de organização econômica".
Ele diz mais: "a tecnologia é um sistema de grande produção feita por vários pequenos produtores e isso é distribuição de renda, socialmente justo, ecologicamente correto, enfim, um novo modelo de sociedade".
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