Colonização de Rondônia, governos anteriores, Incra e Ibama são culpados pelo devastamento florestal do Estado, afirmam autoridades

Colonização de Rondônia, governos anteriores, Incra e Ibama são culpados pelo devastamento florestal do Estado, afirmam autoridades

Colonização de Rondônia, governos anteriores, Incra e  Ibama são culpados pelo devastamento florestal do Estado, afirmam autoridades

Foto: Divulgação

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Colonização de Rondônia, governos anteriores, Incra e Ibama são culpados pelo devastamento florestal do Estado, afirmam autoridades Durante a audiência pública desta terça-feira(11), realizada na Assembléia Legislativa do Estado, que teve objetivo de discurtir as questões do desmatamento em Rondônia, autoridades não pouparam discurso de críticas as ações do governo federal e a fomentação de invasões à terras públicas pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e inoperância do Ibama em outros governos. O objetivo da audiência é apresentar uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sobre as propostas para manutenção do setor madeireiro, responsável por 18,7% do PIB de Rondônia e a adoção de políticas públicas para o setor extrativista, através do desenvolvimento sustentável, O deputado federal Moreira Mendes(PPS), foi o primeiro a criticar as condutas federais afirmando que não se pode esquecer da motivação e campanha do governo federal nas décadas de 60 e 70 em que, para desenvolver a Amazônia, foram oferecidas terras para quem quisesse explorar. Para tanto, os colonizadores teriam que derrubar 50% da terra para receber o título definitivo. Essa questão histórica foi repetida pelos demais convidados da primeira parte da audiência. O Incra foi considerado pelos parlamentares federais e membros que faziam parte da mesa (confira composição da mesa clicando AQUI) como um dos maiores vilões, uma vez que fomentou a desordem e a invasão às terras públicas de Rondônia, sem que haja uma solução rápida através da reforma agrária. A falta de fiscalização e inoperância do governo federal, em tempos passados, através dos órgãos fiscalizadores, diante dos avanços do desmatamento e das invasões, também é uma das causas do avanço a devastação das florestas. Agora, o governo federal no mínimo comete um “estelionato com o povo de Rondônia”, disse Moreira Mendes, criticando a ação cinematográfica da força nacional que iniciou a operação Arco de Fogo em Rondônia na cidade de Machadinho.
NÃO AO USO DA POLÍCIA
O governador Ivo Cassol, chegou a afirmar e declarar com exclusividade na audiência, que não irá renovar o acordo de cooperação técnica que garante legalidade às ações de fiscalização, autuação e notificação do Ibama. “Não vou permitir que empresários sérios sofram o constrangimento de ter suas empresas tomadas por policiais, como se fossem bandidos”. O superintendente regional do Ibama em Rondônia, Oswaldo Pitaluga, justificou que apenas cumpre a Lei e se órgão não for aonde ainda existe floresta, consequentemente os locais onde há mais desmatamento, não terá como identificar os maus madeireiros e para tanto precisa fiscalizar todos. Quanto a segurança Pitaluga afirmou que não abre mão da força policial, pois é necessário garantir a integrante dos servidores públicos, tanto federais como estaduais, para que estes não corram os riscos de entrar em possível confronto armado, a exemplo do que já aconteceu inclusive com a presença de policiais rodoviários federais. Cassol afirmou que o órgão deve saber diferenciar os locais em que vai fazer as operações de fiscalização. “Acho correta a utilização da polícia em áreas invadidas, em terras públicas e em empresas clandestinas. Mas não posso admitir que pessoas que contribuem para o desenvolvimento do estado passem por este constrangimento a exemplo do que passou o deputado Neodi (presidente da ALE/RO)”. Pitaluga afirmou que é necessário uma ampla conversa entre Ibama e governo estadual para que se encontre uma solução afim de resolver o impasse quando das ações de fiscalização duramente criticadas pelo deputado Neodi Carlos. Segundo Neodi, mesmo que Jesus Cristo viesse a Terra e tivesse uma madeireira, ele não seria dispensado das multas, pois a forma como a fiscalização é feita, não permite falhas de inserção de dados quando do beneficiamento das madeiras e margem de erro que algumas vezes não é respeitada. Ainda segundo Neodi, o setor madeireiro vive “às turras com o Ibama” e muitos empresários do ramos, já passaram por maus momentos com fiscais corruptos. O deputado ainda sugeriu que o Ibama vá fiscalizar as reservas florestais pois é de lá que estão extraindo madeira ilegal. Pois se ela (madeira) vem para as cidades, não deixa de ser comprada por alguns madeireiros. Então isso é um estímulo ao comércio ilegal da madeira.
FALTA DE UNIÃO E SOLUÇÕES
Assim como uma proposta que foi encaminhada à Brasília pelo setor produtivo do estado, as autoridades do estado são unânimes em afirmar que é preciso encontrar solução viável e não resolver na “chibatada” a questão aplicando multas, ou fechando empresas. O deputado Ernandes Amorim, além das duras críticas a bancada federal de Rondônia, que não se une para lutar apresentar uma solução garantindo o desenvolvimento econômico do Estado, responsabilizou empresários e também madeireiros para defender e lutar pela bandeira do desenvolvimento através da apresentação de uma proposta. Amorim também não poupou críticas ao Ibama, e ao governo federal. A bandeira da paz foi uma sugestão do deputado federal Moreira Mendes. Para ele é necessário chamar madeireiros, grandes e pequenos pecuaristas a um armistício. “Vamos reflorestar e recuperar as matas ciliares. Porém, que o governo federal faça sua parte, através da regularização fundiária e financiamento aos pecuaristas e agricultores”. Pitaluga chegou a afirmar que, mesmo que fechem a maioria das madeireiras que insistem nas práticas ilegais, as ofertas de emprego seriam ainda maiores se houvesse propostas de financiamentos para a prática de reflorestamento. “A Zona 1, definida no Zoneamento Sócio-econômico de Rondônia, já desmatou 62% de suas matas, então é necessário que haja um programa para incentivar o reflorestamento garantindo empregos e gerando renda àquelas pessoas para manter suas famílias”. O governador Ivo Casso também criticou a ministra Marina Silva, que alega que “com o Ivo Cassol não tem conversa”. Cassol afirmou que nunca recebeu uma ligação da ministra para conversar sobre soluções para Rondônia. “A ministra precisa admitir seus erros e ser mais humilde”, reclamou Ivo.
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