* Numa atitude inédita na classe política, o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), solicitou – foi atendido - que a Assembléia Legislativa do Estado não aprovasse o projeto de lei 618/07, que tratava de reajuste de subsídios dos salários do governador, vice e secretários de estado.
* O projeto previa um aumento de 100% no salário do governador do estado, 70% para o vice-governador e 50% para os secretários. Como o salário bruto dos funcionários do primeiro escalão – governador, vice e secretários - é de cerca de doze mil reais, o salário do governador chegaria a vinte e quatro mil reais mensais, o do vice próximo à vinte e um mil e o dos secretários à dezoito mil reais mensais.
* Cassol, que se destacou quando divulgou em rede nacional fitas gravadas mostrando o achaque dos deputados estaduais pedindo propina para aprovar projetos de interesse do executivo, alegou que se o aumento fosse aprovado causaria um rombo nos cofres do estado de cerca de cem milhões por ano, o que poderia comprometer as finanças do estado, principalmente o pagamento dos salários dos demais servidores – que não seriam beneficiados pelo aumento, além de impedir a manutenção dos serviços oferecidos à população: abertura e manutenção de estradas, construção e reforma de escolas e hospitais, além de contratação de funcionários aprovados em concursos públicos.
* “Ao contrário de outros estados cujo funcionalismo está em greve, alguns com meses de salários atrasados, Rondônia é um dos poucos, senão o único, que paga o funcionário público dentro do mês trabalhado, os fornecedores dentro do prazo contratado e tem as contas em dia; a aprovação desse projeto poderia comprometer todo um plano de trabalho”, declarou o governador. Os salários e encargos de fevereiro do funcionalismo estadual foram pagos em sua totalidade nesta terça e quarta-feira, dias 27 e 28.
* O projeto foi rejeitado por unanimidade em segunda votação ontem, quarta-feira, sendo arquivado em definitivo.