A deficiência auditiva, em seus diversos graus, afeta 10% da população mundial segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A surdez é a segunda maior deficiência entre os brasileiros. Para combater essa realidade, as Sociedades Brasileiras de Otologia e Otorrinolaringologia, a Fundação de Fonoaudiologia e os Ministérios do Trabalho, Saúde e Educação estarão realizando, entre os dias 10 e 12 de novembro a Semana Nacional de Prevenção da Surdez - Prevenir é ouvir. Hoje em dia, todos esses tipos de perda auditiva têm tratamento através de remédios, aparelhos, fonoterapia ou cirurgias. *Um aparelho auditivo é um amplificador de som, portanto, para utilizá-lo o deficiente precisa ouvir pelo menos um pouco e receber acompanhamento fonoaudiológico para desenvolver a fala. Um surdo total tem que fazer um implante coclear.
*Causas da surdez
*Sofrer rubéola durante a gravidez é uma das principais causas da surdez congênita, ou seja, o indivíduo nasce surdo. Evitar é muito simples, basta estabelecer a obrigatoriedade da vacinação para todas as meninas. Normalmente, a audição começa a "falhar" por volta dos 60 anos. Para quem vive em ambientes prejudiciais, a idade diminui para 40.
*Outra causa são as chamadas "doenças profissionais". Em locais muito barulhentos como indústrias metalúrgicas, fábricas de fiação e tecelagem, discotecas, os trabalhadores podem ter a audição prejudicada se não usarem equipamentos de proteção, que são exigidos por lei.
*A perda do controle de determinadas doenças, como meningite, pode causar surdez. Esse fator não afeta os países desenvolvidos. O brasileiro tem mania de automedicação. Isso pode ser prejudicial porque alguns medicamentos são ototóxicos, ou seja, tóxicos ao ouvido. Acidentes e herança genética também provocam deficiência auditiva.
*Em 20% dos casos de surdez total, a doença é uma característica da família. O coordenador da semana de prevenção explica que a maioria das causas da surdez pode ser eliminada com a simples prevenção.
*Quando a surdez é congênita afeta o desenvolvimento psicossocial do ser humano. As crianças deficientes auditivas possuem completa capacidade mental e são perfeitamente normais do ponto de vista psicológico. A falta de informação faz com que sejam tratadas como doentes mentais ou autistas. Na fase adulta é um agravante para o desenvolvimento profissional. Ao envelhecer a situação piora, porque já existem tendências a introversão e à segregação nesse período.
*Diagnóstico precoce
*A Clínica de Fonoaudiologia da Faculdade São Lucas realiza o Teste da Orelhinha para o diagnóstico precoce de perda auditiva. Segundo a fonoaudióloga Elisangela Hermes, coordenadora da Clínica, orienta-se que todo bebê recém-nascido realize o exame para prevenção de déficit na audição e linguagem. “Quando confirmada a surdez, imediatamente inicia-se o tratamento com a colocação de aparelho auditivo, terapia fonoaudiológica e visitas periódicas ao Otorrinolaringologista”, informou. Elisangela acrescentou que os sinais comuns de crianças afetadas são dificuldade em compreender a fala, não reação a sons fortes, dificuldade em socialização.