Pesquisa aponta substância da maconha na ação contra a depressão

Pesquisa aponta substância da maconha na ação contra a depressão

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Foto: Divulgação

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*Uma substância química encontrada na maconha pode atuar como antidepressivo, segundo um estudo canadense. *Segundo a pesquisa realizada na Universidade de Sasketchewan, um composto presente na maconha tem o efeito de fazer com que células nervosas se regenerem. *Ratos aos quais foram dadas substâncias canabinóides, presentes na maconha, ficaram menos ansiosos e menos deprimidos, de acordo com a pesquisa, detalhada em artigo na revista científica Journal of Clinical Investigation. *Mas especialistas britânicos advertem que outras pesquisas mostram resultados contraditórios, indicando que a maconha e outras substâncias canabinóides estão ligadas a um aumento no risco de depressão e ansiedade. *Eles sugerem que isso pode ser explicado pelo fato de diferentes canabinóides atuarem em diferentes níveis, com resultados diferentes. *Outros estudos também indicaram que substâncias canabinóides podem aliviar sintomas de esclerose múltipla e ajudar a combater a dor em humanos. *Além de estar presente na maconha, os canabinóides estão presentes no corpo humano naturalmente. *Os pesquisadores canadenses deram aos ratos injeções com altos níveis de um canabinóide artificial, HU210, durante um mês. *Os animais apresentaram regeneração celular no hipocampo, área do cérebro que está ligada à memória e às emoções. *Já se sabe que o hipocampo gera novas células nervosas durante toda a vida de uma pessoa ou de um animal, mas essa habilidade é reduzida se as células são manipuladas geneticamente para não ter um receptor de proteínas canabinóides chamado CB-1. *No estudo canadense, os ratos que receberam as injeções também se mostraram menos ansiosos e mais dispostos a se alimentar em ambientes novos – uma mudança que normalmente os amedrontaria. *Porém pesquisas anteriores haviam relacionado o uso da maconha a danos de longo prazo à saúde mental e ao aumento no risco de doenças mentais nas pessoas que já são geneticamente suscetíveis. *Além disso, altas doses de canabinóides no curto prazo também levaram a efeitos similares à ansiedade em ratos e efeitos como os da depressão em camundongos. *Mas outros estudos mostraram que pequenas doses de canabinóides ajudaram a reduzir a ansiedade em roedores. *"Esses efeitos complicados de altas e baixas doses de exposição aguda e crônica a canabinóides podem explicar os resultados aparentemente conflituosos observados em estudos clínicos relacionados aos efeitos de canabinóides sobre a ansiedade e a depressão", diz o estudo canadense.
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